terça-feira, 11 de julho de 2017


Custo da Leitura Profissional de Livros

 

                            Evidentemente deveria em tese estar no cômputo geral da editoria, quer, fazer parte dos custos implícitos de que o autor nem fica sabendo. Mas, suponha que o autor mesmo queira fazer, como indicativo das suas habilidades presumidas-devidas de oferecer aos leitores primários (filhos, parentes, amigos) uma cópia mais elaborada, quase pronta, digamos com 95 % de definição: como faria, a quem recorreria? Ou seja, se o criador desejar promover uma primeira leitura do texto quase pronto, quase acabado, a quem pediria socorro?

                            Pois não existe uma oferta pública, ao que eu saiba, desses serviços. Se há um livro só, quem produziu mesmo pode - se tem conhecimentos, com maior facilidade, e se não tem um tanto mais dificilmente - travar combate com a língua, querendo oferecer algo depurado, mais livre de erros, até onde pode ser para um não-profissional ou catedrático.

                            Agora, nas nações pós-contemporâneas atuais deveríamos esperar uma listagem de profissionais, um caderno de talentos, porque tais sócioeconomias já são bem complexas. Seria esperada tal oferta ampla, a que se ligaria todo tipo de demanda. Tanto para a correção quanto para a abalizada ou distinta opinião de LEITORES PROFISSIONAIS, gente treinada longamente, intelectuais-leitores em níveis de: muito nevrálgicos, críticos moderados ou de leitura branda (para quem quer se enganar e não deseja enfrentar as indisposições do mercado leitor).

                            É claro, não há nada disso.

                            O que mostra a deficiência que pode haver mesmo em coletividades que deram passos mais avantajados para diante.

                            Vitória, sábado, 14 de agosto de 2004.

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