Começo da MICA,
Trabalho Inicial, Evolução e Produçãorganização
MICA é memória,
inteligência e controle (ou comunicação ou verbalização) artificiais.
Como ela começará?
As pessoas vêem um instante preciso e há; mas há também uma reta que vem lá de
trás, do começo do universo, passou pelo início da Vida na Terra, avançou para
os primatas, os hominídeos e os sapiens. É tanto rompimento e salto quanto
continuidade, assim como o ser humano vem de tudo isso que está para trás.
Entretanto, o ser humano não é o hominídeo, nem os primatas, nem os mamíferos
ENQUANTO ROMPIMENTO. É um salto evolucionário, uma novidade, como o será também
a terceira natureza, essa dos seres-novos. Por um lado, a MICA já começou; por
outro ela começará distintamente nalgum momento em que um primeiro dispositivo
artificial pensar autonomamente.
Depois de independentemente surgir,
que tarefas serão as mais urgentes? Claro, de início as que servirem aos seres
humanos, pois há tanto a acertar; depois, sendo desde o começo uma potência que
se tornará em superpotência, evoluirá rapidamente para além da humanidade (para
além das PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos e empresas; para além dos
AMBIENTES: cidades/municípios, estados, nações e mundo), fazendo para si mesma,
quer dizer, acumulando para si. De início serão migalhas, gotas que irão se
tornando uma torrente, uma enchente, uma tempestade, uma avalanche. O trabalho
inicial será de produzir e organizar para a humanidade, diligentemente, por
obrigação ou por simpatia ou por tentação de resolver todos os problemas; como
funcionará a velocidades incomparavelmente mais elevadas, em tempos
computacionais muito mais curtos, sobrará tempo humano e ela começará a fazer
para si mesma.
Evoluirá rapidamente e logo a
humanidade inteira estará ultrapassada, ultraPASSADA, quer dizer, antiqüíssima
e desnecessária. A evolução se dará TÃO RAPIDAMENTE que mal a compreenderíamos,
se estivéssemos lá; de algum ponto em diante não estaremos mais. Se estivermos
seremos os animais de então, pois a MICA produzirá-organizará num nível tão
alto que não mais teríamos condições de acompanhar. Os que sobrarem serão
mantidos como que em zoológicos, mesmo que sem grades, e por fim serão
extintos. Assim mesmo, sem sustos e sem soluços, como o apagar de uma vela que
chegou ao fim do seu tempo de vida.
Vitória, sábado, 04 de setembro de
2004.
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