sexta-feira, 21 de julho de 2017


Celeridade na Claridade

 

A burguesia capitalista vem extraindo cada vez mais trabalho dos povos do mundo com o correr dos séculos:

1)       Dos alunos, as férias encurtaram de um mês entre 15/06 e 15/07, mais três meses de 15/12 a 15/03 (total de quatro meses, 1/3 do ano) a um mês, 1/12;

2)      Das mulheres, grande parte antigamente trabalhando em casa, agora toma trabalho “na rua”, com quatro ou até seis conduções;

3)      Dos homens, o sobretrabalho da “hora extra” paga em dobro, com os salários aviltados saindo de graça; e “bicos”, serviços fora do emprego oficial buscando “suplementação de renda”.

Há ainda a questão de nos tempos primitivos os neandertais (300 mil anos) e nossa própria espécie cro-magnon (100 mil anos) viverem no mundo 12/12, 12 horas de claridade e 12 horas de escuridão, 50/50. A seguir a luz de tochas nos levou à disparidade 16/8 (16 horas de claridade e oito se sono), até que hoje há quem deseje dormir apenas quatro horas, 20/4 (20 horas acordado, quatro dormindo, como João Dória).

ASSIM, HORAS DE CLARIDADE/ESCURIDÃO OU SONO

Mundo em que surgimos.
Fogo dominado.
Alguns.
12/12
16/8
20/4
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Terra de noite: isso não pode ser bom para a Vida (arquea, fungos, plantas, animais e primatas), nem para a Psicologia, nós mesmos, pois não é natural: acontece de, no máximo, 100 anos para cá, relação de 100.000/100 ou 1.000/1, nosso equilíbrio natural-psicológico vem sendo estraçalhado.

Em resumo, vem sendo exigida cada vez maior celeridade aos seres humanos, velocidade ampliada e até ampliadíssima no fazer, visando o consumo exagerado por um polo socioeconômico só. Tal exigência distorce, aliena, violenta o ser natural-psicológico, a racionalidade humana, toda a nossa estrutura. Não é à toa que estamos cada vez mais desequilibrados e violentos.

Vitória, sexta-feira, 21 de julho de 2017.

GAVA.

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