Balançando Öort
Como se sabe, Öort é
imensa nuvem de cometas que fica orbitando o sistema solar a 0,5 ano-luz;
possui um número incalculável de cometas de todos os tamanhos.
Como perguntou
Clara, minha filha, há um ano e meio atrás “que mecanismo responde por isso? ”
Que mecanismo responde pela queda de meteoritos de 26 em 26 milhões de anos?
Tendo informação sobre o de 65 milhões de anos atrás no Iucatã, México, que
extinguiu os dinossauros, podemos recuar até a abertura da era deles há 273
milhões de anos, o que dá 208 milhões de anos para uma volta completa do
sistema solar em volta da Galáxia, a Via Láctea. Há um relógio de 8 horas (8 x
26 = 208); quando passa no ponto inicial de contagem cai um grande ou um
supergrande. Em G-65 foi grande, em G-273 foi supergrande. Como em G-689 foi um
supergrande, pois abriu a explosão cambriana, podemos estimar que em G-481 foi
grande. Que mecanismo responde por isso? Podemos pensar que o relógio de oito
horas vem de uma costura para cima e para baixo, descendo e subindo no plano
galáctico, assim como aconteceria no plano da eclíptica solar. Caiu um há 13
milhões de anos, estamos em baixo (ou em cima), daqui a outros 13 milhões de
anos passaremos novamente pelo plano e cairá outro (assim como nos demais
planetas do sistema solar). Não podem estar no plano porque o Sol, mesmo nos 10
bilhões de anos da via Láctea tendo dado somente 25 voltas nela, abriria
fatalmente buracos; então é coisa de dentro. E não pode ser, também, porque a
Nuvem Cometária de Öort impediria a penetração dos projéteis, retendo-os (mas,
talvez, pelo lado de dentro esses cometas interpostos se movimentassem).
Poderia acontecer, acredito, que o Sol ao passar pelo plano se aproxime de uma
estrela ou constelação. Aliás, toda nossa constelação passaria perto de outra.
Se isso acontecesse, Öort seria puxada na direção-sentido da estrela ou
constelação, para fora do sistema, do outro lado acontecendo o contrário, para
dentro; enfim, Öort balançaria, chacoalhando de um e outro lado.
Fosse pelo menos provável
impacto ou pela tração gravitacional, cometas seriam movidos de lugar
(eventualmente algum batendo em Kuiper ou no Cinturão de Asteróides). Balançou
um pouco alguns se desprenderiam e iniciariam o mergulho rumo ao Sol. Todos os
objetos internos seriam atingidos por um ou vários cometas e asteróides,
maiores ou menores conforme os puxões gravitacionais. Naquele ponto zero, daqui
a 143 milhões de anos, um supergrande cairia (pois o G-65 foi grande).
Vitória,
sexta-feira, 27 de agosto de 2004.
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