sexta-feira, 14 de julho de 2017


As Placas Enterradas e o Petróleo Profundo

 

                            Podemos pensar em dois livros, um entrando debaixo do outro; desconsiderando que as placas não são planas é uma boa imagem.

                            A NÉVOA DE FORMAÇÃO, chamemos assim a pátina que cai - todos os resíduos de ficto e de zooplancto que se vão depositando era após era - e forma os depósitos que vão gerar o petróleo. Segundo a segundo estão morrendo aos montes; embora pequenos no decorrer de bilhões de anos somaram muito. Ela cai no mar em toda parte. Cai nos oceanos atuais como caiu nos antigos. Esses antigos estavam sobre placas que caminharam e entraram debaixo de outras.

                            Por exemplo, Nazca.

                            A NF caiu sobre a Nazca do passado, parte do atual Oceano Pacífico, e foi se acumulando; um pedaço ainda está lá, embaixo da água do Oceano, mas um pedaço da placa de Nazca entrou debaixo da placa da América do Sul. Como vimos neste Livro 91, em Himalaia, Onde as Placas se Encontram, ao contrário do que dizem a placa não mergulha na vertical rumo ao manto, ela segue sobre o manto, entre este e a placa que está acima; por um bom tempo ou para sempre. Assim, o calor do manto incide na parte de baixo da placa inferior, não atingindo a de cima (razão porque esta é mais fria ainda onde as montanhas sobem, no arco de montanhas – leia no texto citado) na parte de baixo, nem muito menos a parte de cima da superior. O resultado geral é que o petróleo formado nas placas submersas ainda está lá, não foi esquentado, pois há uma certa espessura de granito entre o manto e ele. Quer dizer, debaixo da América do Sul, bem abaixo mesmo, na placa de Nazca que lá está há petróleo em abundância, nunca tocado; petróleo VELHO, diferente desse que há entre Brasil e África. Tão mais velho que o do Lobato da América do Sul quanto 65 milhões de anos ou mais, desde o princípio do movimento, há 273 milhões de anos; quer dizer, mais velho de 65 a 273 milhões de anos. É outra reserva, mas é preciso perfurar toda uma placa, vários milhares de metros, até atingir Nazca submersa e mais ainda até onde está o petróleo. Evidentemente não há tecnociência para tal, de modo que para todos os efeitos é inútil pensar nele. Mas que está lá, está mesmo.

                            Vitória, sexta-feira, 20 de agosto de 2004.

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