terça-feira, 11 de julho de 2017


As Ondas Repercutem no Interior do Mundo

 

                            Retornando aos meteoritos, deveríamos investigar o que eles fazem com as sucessivas esferas concêntricas com o centro da Terra, ou seja, observando tudo como ondas que se chocam, como é que umas ondas interferem nas outras? Como a onda-meteorito modifica a onda-Terra? E aí deveríamos selecionar as intervenções nas porções: 1) na crosta; 2) no manto; 3) no núcleo externo; 4) no núcleo interno. Como as quedas maiores e menores mudam essas esferas menores?

                            Naturalmente rebentam tudo do lado de fora. Fazem a água evaporar em grande quantidade, levantam milhões de toneladas de solo como poeira que encobre a atmosfera, balançam a crosta, etc. Porém, o que fazem com os sucessivos interiores? Que gênero de sub-ondas produzem? Quanto mais de energia térmica introduzem no sistema Terra/Sol, ou por outra, quanto transformam de energia cinética - devido à grande quantidade de movimento – em energia térmica? Certamente aquela imensa energia de movimento produz muito calor interior que faz dançar as placas continentais durante um bom tempo. Certamente. Contudo, em termos de tempo, quanto? E onde? E quanto tempo depois da queda são produzidos tais e quais efeitos?

                            Para a Terra-geológica físico-química não é grandes coisas. Para a Terra-paleontológica biológica/p.2 e para a Terra-antropológica e a Terra-arqueológica psicológica/p.3 é um desastre total, produzindo efeitos muito daninhos na Vida e na Vida-racional. Quanto revoluciona a Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia)? É o que se pode chamar verdadeiramente de catástrofe, um abalo tremendo que estudamos pouco nos detalhes. Apenas dizemos que é exagerado, demais, mais do que podemos agüentar, e desviamos o olhar – dizemos isso olhando de longe, sem aproximar a lente para mirar os microdetalhes, os nanodetalhes. Multiplicar o choque por um milhão, de forma a descer dos milhões de anos de depois para milhares, para centenas, para dezenas, para anos, para meses, para dias.

                            Quando o grande meteorito de 65 milhões de anos caiu no Iucatã, que aconteceu logo depois? Quando o supergrande caiu provavelmente no Brasil há 273 milhões de anos que sucedeu, em termos de separação dos continentes africano e sulamericano? Precisamos das minúcias proporcionáveis por um olhar superatento.

                            Vitória, quinta-feira, 12 de agosto de 2004.

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