As Novas Mídias e os
Novos Jornais
A velha mídia (TV,
Jornal, Revista, Jornal, Rádio, Livro/Editoria e Internet) veio de quem a
desenvolveu historicamente, isto é, desde a origem, quem era DO MEIO (para
fazer um trocadinho) desde a fundação, mas não precisa mais ser assim. Os
“mercenários”, vindos de fora, podem perfeitamente, instituir novos modos de
fazer jornal, digamos, TOTALMENTE MOLDADO como projeção de uma grande empresa
ou de um banco.
Pode parecer que
vindo de fora, sem ter um pé fincado no métier, seja impossível ou muito
difícil prosseguir, mas o modelo diz que a soma é zero, que tanto haveria
dificuldades como facilidades – bastando, como em tudo, persistir até a
vitória. Treinar longamente os editores, diretores por área, jornalistas, paginadores
e tudo mais, ou terceirizar, colocar um punhado de graduados cujo propósito
seja construir um GRANDE JORNAL tanto quantitativa quanto qualitativamente,
perseguindo a meta incansavelmente, sempre com o compromisso de dar certo,
tendo grande respaldo monetário e financeiro por trás. Contratar os mais
competentes, dedicados e revolucionários jornalistas e os mais agitadores
economistas e administradores, em resumo, compor um time formidável, invejável
em qualquer roda e sustentá-los por quatro anos, que é sempre o prazo para dar
tudo bem. Estabelecer uma nova linha programática e ir em frente.
Basta um escritório
roteador, um centro com vários raios indo até as casas remotas, onde estarão a
maioria dos funcionários. Não é preciso mais instalar rotativa, nem salas de
composição, nem nada, pois tudo isso é coisa do passado, pertencerá cada vez
mais ao ontem e não ao amanhã. Quase todos poderão estar em casa trabalhando
via computador, arranjando as mais desafiadoras matérias com toda liberdade,
podendo vasculhar à sua maneira, sem nunca se conhecerem uns aos outros,
vivendo de notícias dos meios ou tendo contratados para irem atrás deste ou
daquele tópico a ser desvendado mais aprofundadamente. Será maximamente um
JORNAL VIRTUAL, com os altos gerentes sendo efetivamente os sustentadores, guiando
para este ou aquele ramo de notícias, sem qualquer compromisso com a velha
guarda e sua rôta prisão às matérias emocionais. De modo algum qualquer
sentimento pueril; principalmente racionalidade conduzindo a construção. É o
jornal do futuro, que absorverá todos esses de hoje.
Vitória,
quarta-feira, 18 de agosto de 2004.
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