quinta-feira, 20 de julho de 2017


A Política como Jogo de Caça

 

                            Já vimos que crianças de hoje vão a salas de videogames como as de antigamente acompanhavam os guerreiros depois dos 13 anos para aprender a caçar; videojogos são jogos de caça, bem como esportes, desportos e todo gênero de atividade de que antes só participavam os homens.

                            Na novela Cabocla, da Rede Globo, o ator Toni Ramos interpreta o coronel Bonerges, que é o patrono político da região, sei lá qual; e ao falar ele se empolga muito, as veias do pescoço incham, o Toni é um bom ator. É que na política há um jogo oculto, um jogo de caça, onde a presa são os próprios seres humanos e os outros partidos políticos. Como nos esportes o princípio que guia é chegar na frente, neste caso ocupar as vagas determinadas pelas regras “democráticas”. Vale de tudo, no amor e na guerra, neste caso guerra-de-caça política. Atualmente as pessoas são mais comedidas, pelo menos nos estados e nos países centrais, mas antes era operação de guerra mesmo. Na medida em que qualquer psicólogo geral ou, em particular qualquer sociólogo se disponha a contar a geo-história da política ficará plenamente estabelecido que é assim mesmo: é um pega-pra-capar violentíssimo. Vale tudo. É para esquartejar mesmo e é, claro, jogo de homens (machos e pseudofêmeas). Com a contemporanização e o avanço das mulheres (fêmeas e pseudomachos) elas têm podido participar mais, mas o caso é que é jogo de homens, porque assim foi formado pelos 10 milhões de anos dos hominídeos, sem falar da preparação de mais 90 milhões de anos primatas.

                            Vai ser curioso ver a listagem das tarefas atribuídas e os ardis tramados no sentido de tomar o que é dos outros, pois a predação é racional, da razão de outros humanos, como não poderia deixar de ser – dado que não estamos mais no nível biológico/p.2 e sim no psicológico/p.3.

                            Seria ainda mais interessante se pudessem listar conforme as épocas: Antiguidade até 476, daí até 1453 na Idade Média, até 1789 na Idade Moderna, até 1991 na Idade contemporânea e a partir daí na época pós-contemporânea.

                            Vitória, terça-feira, 07 de setembro de 2004.

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