quinta-feira, 20 de julho de 2017


A Metamorfose da Adolescente

 

                            Já disse que o bebê é uma criatura extraordinária, mas O adolescente é mais, pelas razões expostas. Agora vejo que A adolescente é também, embora por razão diferente. Então, todos são importantes? Sim, é claro, mas uns são mais importantes que outros. As adolescentes são importantes, porque devem fazer essa mudança, mas os adolescentes são mais que importantes, são fundamentais.

Seta: para a Direita: C                            AS ADOLESCENTES (inventando um símbolo)

 

                           

 

O que vem de trás é semelhante ao que vai para frente; muda somente a forma, já que os óvulos estão lá desde o princípio, tendo vindo com a biologia/p.2; e a Língua das Mulheres não é alterada.

Com os adolescentes passa-se algo de completamente diferente; não apenas altera a forma como também o conteúdo, ou seja, até os 13 anos eles eram meninas e depois passam a guerreiros, abandonando a psicologia anterior por uma nova, o que não acontecer com a meninas. Metamorfose dupla, de forma e de conteúdo.

O SALTO DOS ADOLESCENTES

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Postas essas diferenças, há que investigar as meninas.

Veja que elas nasceram com biologia própria, mas não com psicologia sua; quando o corpo anuncia na menstruação que está havendo mudança, SUBITAMENTE a alma deve mudar também, passando do corpo andrógino a plenamente MULHERES (essa coisa de “cabaço” ou hímen é pura besteira, a transformação é súbita e nada tem a ver com perder a virgindade – isso não passa de detalhe). As meninas já são, de todo, mulheres logo na menstruação (pode acontecer tão cedo quanto oito anos), pois se o corpo as preparou para ter filhos como qualquer bicho, o corpo HUMANO as preparou para ter racionalidade – então, sem quê nem para quê elas dão seu salto. É porisso que a racionalidade das mulheres amadurece tão cedo e é porisso que a notável vantagem neotênica dos adolescentes de envelhecer mais tarde e poder aprender mais estava perdida para elas nas sociedades mais antigas. Assim, é de tudo interessante para elas não ter filhos cedo, porque param de aprender. São instantaneamente congeladas naquele ponto. Só as socieconomias mais avançadas lhes interessam, onde possam ter filhos aos 20, 28, 36; mas isso vai custar, pela ausência de satisfação da biologia, grandes perdas psicológicas. Em toda socioeconomia onde as queiram calar vão fazê-las ter filhos cedo, e muitos, porque então tanto o corpo quanto a alma se volta para a sobrevivência da racionalidade, que não é mais isolada como no homem, é conjunta. Não fazem sobreviver só os corpos dos filhos, mas suas mentes.

Bichos fazem sobreviver corpos, só psiques podem fazer sobreviver outras almas; e isso num mundo que é, PARA CADA UMA, complemente hostil.

O corpo foi herdado de trás, dos 100 milhões de anos primatas e dos 10 milhões de anos hominídeos, mas foram só os 100, 50 ou 35 mil anos sapiens que proporcionaram a elas as defesas racionais extremas contra a biologia/p.2 anterior e contra a psicologia/p.3 atual, especialmente dos homens, seus iguais, mas potenciais inimigos: o inimigo que dorme ao lado. Então, no espaço de um ou dois anos desde a menstruação as novas mulheres devem aprender a fazer sobreviver PSICOLOGICAMENTE a espécie. Não admira mesmo nada que elas sejam tão ardilosas, verdadeiras raposas manhosas. E nós devemos agradecer que tenham sido assim (contudo, isso não nos fez estudar com mais atenção e carinho essa fase especial da humanidade feminina).
Vitória, quarta-feira, 08 de setembro de 2004.

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