A GH em PAL/I
Fui seguindo a
construção do modelo e descobri, pensando e usando a Rede Cognata, que história
(= MODELO = ESCRITA = ESCOLA = ESCUDO = MENTIRA, etc.) é sempre do passado e
das elites e que geografia (= CAOS = COMPOSIÇÃO, etc.) é sempre do presente e
do povo. A geografia é onde se dá a luta por futuro, é onde as elites não
dominaram completamente e onde elas estão sendo progressivamente apeadas do
poder antigo, elevando-se novas elites ao poder novo (que é sempre negação das
possibilidades anteriores). História é tempo, geografia é espaço.
Lendo os livros de
história, de fato, só temos a língua escrita, sinais e símbolos, não vemos
imagens, porque se fala das elites para outras elites, escondendo o passado do
povo. Se fosse para o povo deveria ter imagens (fotografias, desenhos,
pinturas, esquemas, quadros, tudo que facilitasse a leitura por um fator de mil
– pois dizem que uma imagem vale tanto quanto mil palavras). O modelo afirma
que deveríamos ter palavrimagens, PAL/I.
Creio que seria preciso
irmos falando e mostrando as coisas, fossem figuras humanas ou de animais,
sempre com muitas ilustrações de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e
empresas) e de AMBIENTES (cidades/municípios, estados/províncias, nações e
mundos), com mapas físicos, com planisférios, com mapas rodoviários e
ferroviários, com todo gênero de indicação, junto mesmo das palavras, à medida
que elas fossem se somando. Antes era muito difícil elaborar dessa forma,
porque escrever quase todo mundo sabe – basta estar alfabetizado e já se pode
escrever milhões de palavras (até repetindo muito) -, porém desenhar antigamente
era coisa de poucos; e desenhar bem, menos gente ainda era capaz.
Hoje temos milhares de desenhistas e a Internet pode proporcionar todo tipo de
ilustração, sem falar ajuda das bibliotecas, de modo que o impedimento não está
mais posto. A geo-história teria muito a ganhar se ela se juntasse às tecnartes
para providenciar um novo modo de contar tudo. Lendo um livro de história lemos
o autor falando disso e daquilo como se soubéssemos onde está este ou aquele
acidente geográfico, de onde veio tal ou qual povo, como era fulano ou
beltrano. Não são só os pobretões que não sabem; tirando os eruditos, os da
área que estejam superafinados, quase nenhum de nós sabe, mesmo os que são
aficionados de história. Continuar assim é a demência total.
Vitória,
quarta-feira, 18 de agosto de 2004.
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