quinta-feira, 13 de julho de 2017


A Geo-História de Cada Ponto Visto dos Outros Lados

 

                            Quando lemos a história lá está em geral a versão do vencedor; poucas vezes lê-se em livros alternativos a versão dos derrotados ou uma furiosa e revoltada versão revolucionária. Quando li partes da história mundial segundo a versão da então União Soviética fiquei espantadíssimo de ver seus historiadores chamarem a Segunda Guerra Mundial de Grande Guerra Pátria (pois de 60 milhões de vidas perdidas 1/3 ou 20 milhões foram deles).

                            Mas aqui teríamos um pedido diferente.

                            Por exemplo, como foi a Queda de Constantinopla contemplada em cada conjunto civilizatório?

                            TANTAS QUEDAS NUMA QUEDA SÓ

·       Vista do Ocidente;

·       Vista do Oriente (China, Japão, vários países do Sudoeste da Ásia);

·       Vista do mundo árabe;

·       Vista da África negra; etc.

Isto é, como a Queda de Constantinopla foi retratada em cada cultura-nação? Como cada país refletiu sobre a Queda? Como afetou cada nação, se é que o fez? Poderíamos refletir mais sobre esse acontecimento que foi chocante para o Ocidente e está até hoje em nosso imaginário como uma violência inaudita.

E assim por diante. Um acontecimento que foi considerado central para os árabes, a conversão de Maomé ao monoteísmo, não tem maior significado para os não-muçulmanos. Poderíamos colocar os historiadores do mundo inteiro tratando de cada ponto mais ou menos importante da história do mundo, agora que está havendo a globalização. Digamos, abordar os 1.000 mais importantes pontos da GH em outros tantos livros. Cada ponto teria – suponhamos – 20 capítulos, devidos a 20 povos diferentes olhando por meio de colegiados de geo-historiadores, visando evitar as armadilhas que seriam as descrições muito duras. Essa biblioteca básica nos ajudaria demais, tanto a relativizar o olhar único que existe (em geral do Ocidente) quanto a prestar atenção a todas as visões mundiais, começando a ter de fato uma abordagem humana global da GH.

Vitória, quinta-feira, 19 de agosto de 2004.

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