segunda-feira, 10 de julho de 2017


A Fidelidade Induzida

 

Desde a mais remota infância em Cachoeiro de Itapemirim, quando depois dos cinco (quando aprendi a ler) e antes dos nove anos (quando saímos de lá) minha mãe me levava para assistir filmes nos cinemas de lá (Cacique, Broadway e outro), eles já eram seriados e no melhor da trama cortavam e tinha sequência uma semana depois, o que nos obrigava a assistir sete ou 10 películas do seriado.

Agora nas farmácias temos os tais “programas de fidelidade”, que supostamente dão descontos aos fiéis em detrimento dos infiéis (isso é inconstitucional, pois todos somos iguais perante a lei): suponho que aumentem o preço um tanto, dão aos fidelizados-obrigados e retiram dos desobrigados-autônomos, ganhando na média que haveria se dessem a todos.

Do mesmo modo, lá estão as seis latinhas de refrigerante ou de cerveja, do lado as latas solitárias para dizer que não nos obrigam (deveriam ofertar com duas, três, quatro, etc.), pois o tal COMBO (de comboio) é proibido. Daí temos as camisinhas, os pacotes de picolé, as lâminas de barbear e muita coisa mais, deveriam fazer livro sobre esse oportunismo, a superafirmação doente mental doutrinária da oportunidade.

Não deveríamos ter uma secretaria federal vigiando isso?

Passaram já de 5,0 milhões de leis (no meio delas aquelas dezenas de milhares de leis dos quase 100 tributos), porém naquilo que importa, que é dar conforto e defesa aos brasileiros sobrecarregados de governos e empresas, não nos dão.

Sujeitam-nos a essa fidelidade induzida, como a amor que fosse imposto e não liberdade de querer que Deus nos deu e respeita.

É avacalhador.

É o Brasil do desrespeito ao povo pelas elites vorazes.

Vitória, segunda-feira, 10 de julho de 2017.

GAVA.

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