A Divisão Losangular
do Poder
Como é sabido,
durante o Iluminismo foi proposto na França a tríplice divisão dos poderes, que
deveriam doravante ser separados, porém harmônicos; vinda a Revolução Francesa
de 1789 o sistema foi implantado lá e depois copiado no mundo inteiro.
A TRÍPICA DIVISÃO
·
Poder
executivo (que executa ou faz);
·
Poder
legislativo (que cria as leis);
·
Poder
judiciário (que as guarda e interpreta).
O modelo foi mais além e propôs cinco
elementos.
O
DESENHO DO MODELO
(incluído na composição da Rede Cognata, vá ler no Livro 2 o artigo A Construção da Rede e da Grade
Signalíticas)
G = 0/T

T
= 0/G
À esquerda está o que executa ou faz,
X = 0/M, à direita o que organiza, M = 0/X; acima o governo, abaixo o antigoverno.
Podemos, portanto, colocar à esquerda o Executivo. T, na Rede Cognata, é
cognato de Lei, representada pelo poder Legislativo; do outro lado, acima, está
G = 0/T, o Judiciário (que é igualmente cognato de Lei – seria o equivalente,
quando chegarmos a ele). Ficam faltando DOIS PODERES, um poder conciliador das
várias forças do Estado (existiu no Brasil imperial um Poder Moderador, com
outro sentido), uma espécie de congresso geral, e um quarto poder, que é
plenamente desconhecido.
Eis porque os três poderes
encontram-se em desequilíbrio: foi bom o que os franceses fizeram, mas não foi
perfeito, nem de longe, dado que estão faltando 2/5 da solução geral. Um quinto
é fácil de achar, seria tal poder central (que é exercido espuriamente pelo
Executivo, conhecido por aquele nome, poder central, pois ele equilibra as duas
pontas numa reta. Porém, precisamos de um plano; de fato, um volume maior de
negócios do estado: 3 pontos fazem um plano, 3 + 1 pontos fazem um espaço, o
quinto ponto dá a condição temporal). Às vezes a imprensa é chamada de “quarto
poder”, mas isso serve apenas para indicar perigo; além de ser não-verdadeiro.
Precisamos na quarta posição de um autêntico poder estatal como tal desenhado e
operante para então obtermos um centralizador que realmente funcione como tal,
aparando as “rebarbas”, as arestas, as bordas que dificultam o correr macio das
engrenagens.
O
QUE FALTA
·
O
desenho (legal, constitucional) do quarto poder;
·
A
eleição de um centro geral para os quatro.
De modo nenhum é pouco, nunca foi
conseguido. Evidentemente quem sair na frente vai levar vantagem no futuro.
Vitória, segunda-feira, 13 de setembro
de 2004.
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