sábado, 13 de maio de 2017


Trazendo Novidades

 

                            Já disse no desenvolvimento da coletânea A Expansão dos Sapiens que no Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras os homens, que saíam e ficavam dias, semanas e meses fora (como ainda se faz hoje em dia), ao voltarem, para agradar as e conquistar das mulheres o direito de emprenhá-las (as fêmeas, realmente; os pseudomachos, que são sempre poucos, ficticiamente) para conseguir futuro, traziam coisas, sempre algo diferente, que não havia na proximidade das cavernas de onde partiam. E que esse costume, desenvolvido por dez milhões de anos, estará firmemente plantado em nós, agudamente cravado como resposta hormonal molecular, química, automática. Assim, NA CHEGADA sempre, deve o homem comprar qualquer coisa que agrade a mulher. Se não o fizer adoecerá, na medida em que não o faça muitas vezes, seqüencialmente. Sugeri que se colocasse nos aeroportos, nos portos, nas rodoviárias, nas ferroviárias, na beira de estrada lojas que podem ser sugestivamente chamadas de LOJAS DA CHEGADA, talvez com uma seta indicando o lar, um lembrete. As mulheres e todos os que ficavam (crianças, velhos e velhas, aleijados, doentes, anões e anãs, gatos e cães pequenos) estarão esperando. Não na partida, sempre na chegada. Na partida é o contrário, os guerreiros querem ir com o mínimo; levar muitas malas é coisa de mulher, não de homem, porque evidentemente era peso inútil que colocava o grupo em perigo. Homens tendem a ir com o mínimo indispensável, só com a roupa do corpo. Que pareçam homens e levem muitas coisas já são suspeitos.

                            Mas, o quê os homens trarão?

                            Coisas que não existem em volta das cavernas de onde partiram. Aquilo que pode ser obtido em todos os supermercados, em farmácias das redondezas, em qualquer lugar com metade da distância de onde vão não interessará nem remotamente. Devem ser novidades, coisas explosivas pelo interesse que despertarão e que nenhuma das casas-caverna da vizinhança tem. Aquilo que a mulher poderá mostrar, dizendo que veio de tão mais além que só pôde ser conseguido pelo SEU guerreiro, em especial, e o que confira a ela maior direito ao futuro, vantagens notáveis na sobrevivência na luta por aptidão. Algo que ninguém tenha e que ainda por cima eleve os da retaguarda – isso é o que fará sucesso.

                            Vitória, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004.

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