sábado, 13 de maio de 2017


Terremotos e Vulcões

 

                            Na seqüência de textos sobre o petróleo desde o modelo, as posteridades e as ulterioridades venho observando as placas tectônicas, com as poucas informações disponíveis em mapas – mal se vendo alguns traços, muito menos do que está disponível aos geólogos. Mas as disposições dos pontos que marcam vulcões ativos e inativos e as notícias vagas de terremotos, além do raciocínio lógico, permitem pensar várias coisas.

                            É da lógica que a placa que está afundando no manto não sofra terremotos nem tenha vulcões, porque a borda dela, na frente, está em processo de fusão, por um lado esmagada pela que se lhe sobrepõe e pelo outro atacada pelo tremendo calor interior abaixo; pelo contrário, a de cima, que monta nela, de um lado está alteando, subindo, ficando acima da outra – as fraturas que esta sofre na seqüência e mais os vazios que ela não preenche na que fica por baixo exige um assentamento progressivo e contínuo, que resulta nos inúmeros terremotos. Estes provêm sempre da placa que monta, sempre onde há cadeias de montanhas. Por exemplo, nos Andes, sempre do lado direito, na placa da América do Sul (nos quatro mil km do Chile), nunca na placa de Nazca, que está mergulhando no manto. Por outro lado, o lado direito distante da placa, mais para o lado do Brasil nunca terá terremotos; e assim será em toda parte, inclusive nos EUA e Canadá e em todo lugar onde a cadeia de montanhas fique do lado oposto.

                            E o mesmo se dará com relação aos vulcões, porque a terra que está subindo é rompida em alguns pontos e é por eles que o tremendo calor interior da Terra vaza sob a forma das ejeções via chaminés, pois a placa que afunda está sendo comprimida, apertada, sempre mais no mesmo espaço, não sobrando furos por onde subir nada. Na placa que sobe e está sendo arrebentada, sim, fissuras aparecem.

                            Então, vulcões e terremotos coincidirão com as cadeias de montanhas em toda parte, mas não quaisquer cadeias e sim as cadeias altas e jovens, nunca as velhas. Nunca na cadeia brasileira para o lado do Atlântico, nem nos Apalaches americanos. Agora podemos apontar PRECISAMENTE onde os vulcões aparecerão e os terremotos balançarão a Terra.
                            Vitória, quinta-feira, 12 de fevereiro de 2004.

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