Quem é Necessário?
Olhando bem, a gente
pode ver que quando a coletividade necessita disso e daquilo ela extrai AS
PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) de que necessita e o que
necessita delas, conforme os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações,
mundo).
A EXTRAÇÃO BRITÂNICA DO SÉCULO XIX
·
Adam Smith, escocês, 1723 a 1790 (as pessoas
devem ser fragmentadas através do trabalho fracionado, elas devem ser
ALFINETADAS e etiquetadas como borboletas de entomólogos – isso foi dar muito
depois no fordismo - de Ford, o fundador da Companhia Ford, Ford Motor Company
– que Chaplin/Carlitos criticou maravilhosamente);
·
David Ricardo, inglês, 1772 a 1823 (a renda na
terra vai sempre declinar, transfiramo-nos alegremente para a industrialização
– saiamos dos atrasos, promovamos o êxodo rural e o êxito industrial; preguemos
a liberdade de tomarmos os mercados alheios);
·
Thomas Malthus, inglês, 1766 a 1834 (a engenharia
britânica já providenciou as máquinas, o excesso de pobres do exército
industrial de reserva de miséria é contraproducente; se não pudermos
extirpá-los nas guerras preguemos a redução espontânea dos nascimentos);
·
Charles Darwin, inglês, 1809 a 1882 (não ele,
diretamente, mas os que se aproveitaram e criaram o darwinismo social; os que
sobrevivem são mais aptos, ele disse; os mais aptos são superiores, disseram os
outros – os ingleses sobreviveram e estavam na ponta da aptidão na época, daí
serem superiores e deverem SEMPRE ser superiores, o que era muito bom para quem
era inglês e muito ruim para quem não era).
Os pesquisadores não buscaram nas
coletividades essas extrações: como é que a sociedade projeta EXATAMENTE
aqueles de que necessita? Como é que extrai, da imensa massa dos que estão
produzindo e organizando, aqueles que deseja? Como ressalta uns e cala outros?
Vitória, domingo, 08 de fevereiro de
2004.
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