sábado, 13 de maio de 2017


Quem é Necessário?

 

                            Olhando bem, a gente pode ver que quando a coletividade necessita disso e daquilo ela extrai AS PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) de que necessita e o que necessita delas, conforme os AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo).

                            A EXTRAÇÃO BRITÂNICA DO SÉCULO XIX

·        Adam Smith, escocês, 1723 a 1790 (as pessoas devem ser fragmentadas através do trabalho fracionado, elas devem ser ALFINETADAS e etiquetadas como borboletas de entomólogos – isso foi dar muito depois no fordismo - de Ford, o fundador da Companhia Ford, Ford Motor Company – que Chaplin/Carlitos criticou maravilhosamente);

·        David Ricardo, inglês, 1772 a 1823 (a renda na terra vai sempre declinar, transfiramo-nos alegremente para a industrialização – saiamos dos atrasos, promovamos o êxodo rural e o êxito industrial; preguemos a liberdade de tomarmos os mercados alheios);

·        Thomas Malthus, inglês, 1766 a 1834 (a engenharia britânica já providenciou as máquinas, o excesso de pobres do exército industrial de reserva de miséria é contraproducente; se não pudermos extirpá-los nas guerras preguemos a redução espontânea dos nascimentos);

·        Charles Darwin, inglês, 1809 a 1882 (não ele, diretamente, mas os que se aproveitaram e criaram o darwinismo social; os que sobrevivem são mais aptos, ele disse; os mais aptos são superiores, disseram os outros – os ingleses sobreviveram e estavam na ponta da aptidão na época, daí serem superiores e deverem SEMPRE ser superiores, o que era muito bom para quem era inglês e muito ruim para quem não era).

Os pesquisadores não buscaram nas coletividades essas extrações: como é que a sociedade projeta EXATAMENTE aqueles de que necessita? Como é que extrai, da imensa massa dos que estão produzindo e organizando, aqueles que deseja? Como ressalta uns e cala outros?

Vitória, domingo, 08 de fevereiro de 2004.

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