quinta-feira, 11 de maio de 2017


Quando a Propaganda não é a Alma do Negócio

 

                            Gabriel, que gosta muito de carros e motos, vira-e-meche me diz que o presidente da Ferrari, perguntado quanto gastava em propagandas da marca disse que nem um centavo. Do outro lado os propagandistas propagandeiam que a propaganda é a alma do negócio. O modelo dá uma resposta diferente: que para metade é e para metade não é, ou seja, a soma 50/50 é zero.

                            Há um tipo de negócio, pelo menos um, em que a propaganda não é a alma, a saber, aquele em que o negócio mesmo é a alma; e há aquele em que o negócio não tem alma, não é amado, é só negócio.

DEVEMOS DISTINGUIR (em nossos próprios negócios futuros)

1.       O negócio que tem alma própria, que não precisa de alma alheia, nem da propaganda, pois é feito por amor, seja por amadores (familiares) seja por profissionais;

2.      O negócio sem alma, desalmado, cuja alma é a propaganda e muita coisa mais, pois é mercenário.

Ambos podem ser adotados em diferentes situações.

O primeiro tem produtos tão bons, excelentes, e bem cuidados que não precisam ser levados a ninguém, eles mesmos se levam, na chamada propaganda de boca-a-boca, na realidade boca-a-ouvido, pois os compradores amam o que compram e alardeiam isso. O segundo tem produtos apenas bons, mas não excelentes, que são feitos para produzir dinheiro e não são eles mesmos objetos de devoção.

São casos diferentes e ambos cabem nos diferentes tempos e espaços, embora seja muito mais gratificante fazer um produto tão bom que não se precise fazer qualquer esforço de venda: ele se vende sozinho. Que grande prazer é esse! Pudessem todos os produtos ser assim, vendendo que nem pão quente.

Vitória, terça-feira, 3 de fevereiro de 2004.

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