Quando a Propaganda não
é a Alma do Negócio
Gabriel, que gosta
muito de carros e motos, vira-e-meche me diz que o presidente da Ferrari,
perguntado quanto gastava em propagandas da marca disse que nem um centavo. Do
outro lado os propagandistas propagandeiam que a propaganda é a alma do
negócio. O modelo dá uma resposta diferente: que para metade é e para metade
não é, ou seja, a soma 50/50 é zero.
Há um tipo de
negócio, pelo menos um, em que a propaganda não é a alma, a saber, aquele em
que o negócio mesmo é a alma; e há aquele em que o negócio não tem alma, não é
amado, é só negócio.
DEVEMOS
DISTINGUIR (em
nossos próprios negócios futuros)
1. O negócio que tem alma própria, que
não precisa de alma alheia, nem da propaganda, pois é feito por amor, seja por amadores
(familiares) seja por profissionais;
2. O negócio sem alma, desalmado, cuja
alma é a propaganda e muita coisa mais, pois é mercenário.
Ambos podem ser adotados em diferentes
situações.
O primeiro tem produtos tão bons,
excelentes, e bem cuidados que não precisam ser levados a ninguém, eles mesmos
se levam, na chamada propaganda de boca-a-boca, na realidade boca-a-ouvido,
pois os compradores amam o que compram e alardeiam isso. O segundo tem produtos
apenas bons, mas não excelentes, que são feitos para produzir dinheiro e não
são eles mesmos objetos de devoção.
São casos diferentes e ambos cabem nos
diferentes tempos e espaços, embora seja muito mais gratificante fazer um
produto tão bom que não se precise fazer qualquer esforço de venda: ele se
vende sozinho. Que grande prazer é esse! Pudessem todos os produtos ser assim,
vendendo que nem pão quente.
Vitória, terça-feira, 3 de fevereiro
de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário