Quando a Mãe
Dominante Fala...
Olhando a sequência
de A Expansão dos Sapiens e o Modelo
da Caverna descobrimos que havia em cada Caverna uma e só uma Mãe Dominante,
que era “servida” primeiro por TODOS e cada um dos machos que voltavam, e que ela
e o grupinho dela dominavam amplamente o cenário, controlando tudo e todos,
falando em vários níveis ao mesmo tempo, o que é dom de toda mulher (fêmea e
pseudomacho), veja Os Muitos Cérebros da
Mulher neste Livro 66. Com as mulheres não é como com os homens (machos e pseudofêmeas)
em que a Natureza, pela lógica, exige independência, porque na caça cada um
deve ser capaz de escapar por conta própria, mostrando independência de
iniciativa. As mulheres - deixadas sozinhas sem guerreiros confrontantes, com
tanta gente para administrar e governar - devem agir em bloco, com uma cabeça
só determinando o destino de todos (porém, os machos velhos e as pseudofêmeas
velhas ou doentes ou aleijadas vão resistir e tentar um arremedo de
enfrentamento, imitando suas antigas potências).
Quando a Mãe
Dominante falava não havia recursos, nenhuma réplica era possível, TODOS
(inclusive os guerreiros, quando em casa – eles só se manifestavam em situações
específicas, falando pouco e com rudeza) ouviam e obedeciam; mas elas iriam
naturalmente se resguardar, falando menos que as demais mulheres, que
tagarelariam, enquanto ela ficava mais reservada.
Pude ver uma MD em
ação, minha mãe, e era muito interessante; chegavam a ficar muitos na casa e
muitos iam visitá-la por gosto, com grande deferência, centralizadora que era;
e nem estávamos em caverna, hem! Era uma casa contemporânea. Devia ser muito
interessante ver e ouvir as MD de antigamente. Se elas puderem ser selecionadas
pelos psicólogos a partir de testes bem determinantes, vai ser curioso ver o
mecanismo em atuação, reunindo dezenas e até centenas de pessoas desconhecidas
numa cúpula para ver a coisa toda começar a acontecer, ou seja, como elas
estabelecerão as linhas de dominância usando a voz e outros artifícios; o
resultado final, de acomodação de todos dentro das ordens de precedência será ainda
mais interessante. Se pudesse ser financiada uma caverna simbólica
contemporânea (ou várias) pelos governempresas e as universidades, sem que as
pessoas soubessem o que está sendo buscado (fora os pesquisadores), seria
formidável ver o arranjo final.
Vitória,
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004.
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