quarta-feira, 17 de maio de 2017


Quando a Mãe Dominante Fala...

 

                            Olhando a sequência de A Expansão dos Sapiens e o Modelo da Caverna descobrimos que havia em cada Caverna uma e só uma Mãe Dominante, que era “servida” primeiro por TODOS e cada um dos machos que voltavam, e que ela e o grupinho dela dominavam amplamente o cenário, controlando tudo e todos, falando em vários níveis ao mesmo tempo, o que é dom de toda mulher (fêmea e pseudomacho), veja Os Muitos Cérebros da Mulher neste Livro 66. Com as mulheres não é como com os homens (machos e pseudofêmeas) em que a Natureza, pela lógica, exige independência, porque na caça cada um deve ser capaz de escapar por conta própria, mostrando independência de iniciativa. As mulheres - deixadas sozinhas sem guerreiros confrontantes, com tanta gente para administrar e governar - devem agir em bloco, com uma cabeça só determinando o destino de todos (porém, os machos velhos e as pseudofêmeas velhas ou doentes ou aleijadas vão resistir e tentar um arremedo de enfrentamento, imitando suas antigas potências).

                            Quando a Mãe Dominante falava não havia recursos, nenhuma réplica era possível, TODOS (inclusive os guerreiros, quando em casa – eles só se manifestavam em situações específicas, falando pouco e com rudeza) ouviam e obedeciam; mas elas iriam naturalmente se resguardar, falando menos que as demais mulheres, que tagarelariam, enquanto ela ficava mais reservada.

                            Pude ver uma MD em ação, minha mãe, e era muito interessante; chegavam a ficar muitos na casa e muitos iam visitá-la por gosto, com grande deferência, centralizadora que era; e nem estávamos em caverna, hem! Era uma casa contemporânea. Devia ser muito interessante ver e ouvir as MD de antigamente. Se elas puderem ser selecionadas pelos psicólogos a partir de testes bem determinantes, vai ser curioso ver o mecanismo em atuação, reunindo dezenas e até centenas de pessoas desconhecidas numa cúpula para ver a coisa toda começar a acontecer, ou seja, como elas estabelecerão as linhas de dominância usando a voz e outros artifícios; o resultado final, de acomodação de todos dentro das ordens de precedência será ainda mais interessante. Se pudesse ser financiada uma caverna simbólica contemporânea (ou várias) pelos governempresas e as universidades, sem que as pessoas soubessem o que está sendo buscado (fora os pesquisadores), seria formidável ver o arranjo final.

                            Vitória, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004.

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