sexta-feira, 19 de maio de 2017


Programa Gaudí de Arquiengenharia

 

                            Falei com nosso amigo professor-doutor em cálculo estrutural PACOS (veja A Esperteza de Gaudí, no Livro 65) sobre a possibilidade de ofertar aos arquitetos um programa automático de cálculo estrutural. Ele disse já existir, mas o que há mesmo são aqueles programas em que se precisa entender um mínimo de engenharia estrutural civil, o que os arquitetos não desejam de modo algum saber.

                            Nesses que existem seria preciso entrar, digitar números, conhecer várias coisas fundamentais de engenharia. Os arquitetos não estão dispostos a isso, pois foi essa justamente a razão de terem ido para a arquitetura, não terem de lidar com cálculos. Deveria ser possível dentro de um CUBO IDEAL colocar os barbantes de Gaudí figurando as linhas de força com os nós de transferência delas, a partir de uma caneta de luz, ou com os dedos mesmo sobre tela sensível, de modo que se pudesse girar o programa em 3DRV (3D, três dimensões, e RV, realidade virtual, andando-se dentro) apenas colocando e retirando as cordas que constituiriam as vigas para estes ou aqueles materiais (aço, cimento, ligas), engrossando-as ou afinando-as, aceitando dos arquitetos apenas a preocupação com a forma final, o mais sendo obrigação do programáquina. Enfim, os arquitetos colocariam as cordas virtuais, recheariam com as ofertas da PALETA DE COBERTURAS OU FORMAS e o programáquina faria o resto, dizendo se é ou não possível, ou reforçando naturalmente em tal ou qual ponto PARA TODO TIPO DE CONSTRUÇÃO, de casas de um andar a catedrais e pontes imensas, deixando-os livres para suas tarefas formais, o resultado final dependendo de consulta a engenheiro para o aval, o OK e a assinatura de autorização.

                            Quem fizesse tal programáquina ganharia mundos de dinheiro, porque os arquitetos que existem e todos os que se formassem poderiam perder o medo das equações, ficando só com a diversão da forma, o restante a cargo do P/M cativo.
                            Vitória, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004.

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