Programa Gaudí de
Arquiengenharia
Falei com nosso
amigo professor-doutor em cálculo estrutural PACOS (veja A Esperteza de Gaudí, no Livro 65) sobre a possibilidade de ofertar
aos arquitetos um programa automático de cálculo estrutural. Ele disse já existir,
mas o que há mesmo são aqueles programas em que se precisa entender um mínimo
de engenharia estrutural civil, o que os arquitetos não desejam de modo algum
saber.
Nesses que existem
seria preciso entrar, digitar números, conhecer várias coisas fundamentais de
engenharia. Os arquitetos não estão dispostos a isso, pois foi essa justamente
a razão de terem ido para a arquitetura, não terem de lidar com cálculos.
Deveria ser possível dentro de um CUBO IDEAL colocar os barbantes de Gaudí
figurando as linhas de força com os nós de transferência delas, a partir de uma
caneta de luz, ou com os dedos mesmo sobre tela sensível, de modo que se
pudesse girar o programa em 3DRV (3D, três dimensões, e RV, realidade virtual,
andando-se dentro) apenas colocando e retirando as cordas que constituiriam as
vigas para estes ou aqueles materiais (aço, cimento, ligas), engrossando-as ou
afinando-as, aceitando dos arquitetos apenas a preocupação com a forma final, o
mais sendo obrigação do programáquina. Enfim, os arquitetos colocariam as
cordas virtuais, recheariam com as ofertas da PALETA DE COBERTURAS OU FORMAS e
o programáquina faria o resto, dizendo se é ou não possível, ou reforçando
naturalmente em tal ou qual ponto PARA TODO TIPO DE CONSTRUÇÃO, de casas de um
andar a catedrais e pontes imensas, deixando-os livres para suas tarefas
formais, o resultado final dependendo de consulta a engenheiro para o aval, o
OK e a assinatura de autorização.
Quem fizesse tal
programáquina ganharia mundos de dinheiro, porque os arquitetos que existem e
todos os que se formassem poderiam perder o medo das equações, ficando só com a
diversão da forma, o restante a cargo do P/M cativo.
Vitória,
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004.
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