sexta-feira, 19 de maio de 2017


Por Intermédio dos Padres

 

                            SE Deus está em toda parte, SE ele pode ouvir a todos de todos os lugares, até pode ouvir nossas preces ou pedidos silenciosos e calados, quando não falamos mais que em pensamentos, porque ter intermediários? Não faz muito sentido a existência dos padres e sacerdotes, a menos que haja presença física, como estamos supondo na seqüência da coletânea Adão Sai de Casa, vá ler.

                            Porque, se Adão, Eva e Set eram os warkianos que chegaram lá por 3,75 mil antes de Cristo evidentemente elegeram um punhado de padres, que treinaram, escolhendo-os com certa maquininha já mencionada, quer dizer, um programáquina identificador de QIMC (Quociente de Inteligência, Memória e Controle); e os padres escolheram os reis das dinastias, estes aos comerciantes e finalmente sobraram os braçais, todos exceto os padres não tendo acesso aos “deuses” carnais (= ADÃO) que chegaram à Terra há quase seis mil anos. Os padres se tornaram literalmente intermediários, os únicos que eram aceitos, nada se fazendo senão por intermédio deles, igualmente os únicos que sabiam falar a língua celeste ou adâmica.

                            Assim, tornados intermediários por 2,15 mil anos, de 3,75 a 1,60 mil antes de Cristo, todos se acostumaram a vê-los sempre como tais, mesmo quando os “deuses” morreram todos e não mais havia com quem intermediar. Então, depois do último dos adâmicos ou atlantes, Abraão, os padres transferiram Deus para o Céu, tornando-o distante exatamente com Moisés ou Akenaton ou Amenófis IV lá por 1,35 mil antes de Cristo. Deus se tornou mono-teus, Deus-único, um-só-deus, pois os “deuses” não podiam mais ser apresentados em carne e osso aos ignorantes e incrédulos. Afirmou-se o monoteísmo. Quando (1,6 + 1,5 =) 3,1 mil anos depois, no fim da Idade Média, os protestantes quiseram abolir o privilégio dos padres foi um escândalo e uma gritaria geral – mas eles, literalmente, não intermediavam mais desde mais de três mil anos e de fato não tinham qualquer direito, passado tanto tempo; acostumados a viver dessa intermediação por mais de 5,2 mil anos eles ficaram irritadíssimos, sem qualquer razão para tal. Lutero e os outros estavam certos sem saber, mas nem porisso foi legal o que fizeram.
                            Vitória, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004.

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