sexta-feira, 19 de maio de 2017


Petróleo Mediterrâneo

 

                            Em Engolindo o Mediterrâneo, no Livro 65, e em Olhando Sara de Perto, neste Livro 66, raciocinamos que o Mar Mediterrâneo é uma placa que está mergulhando simultaneamente sob duas outras, a da África e a da Europa.

                            O Mediterrâneo tem, segundo a Enciclopédia Ilustrada do Estudante 10, Rio de Janeiro, Globo, 1992, área de 2,5 milhões de km2, e segundo a Internet (página anexa), 3,0 milhões de km2 (e profundidade média de 1,43 km) e é um imenso lago de petróleo, dado que da África para o norte e da Europa para o sul os rios vieram depositando nele todo tipo de matéria orgânica; e que, além disso, por bilhões de anos o fitoplancto e o zôoplancto foram morrendo e caindo nas profundezas. Pelos dados da Internet podemos calcular que o volume de água seria de 3,0. 106 x 1,4 = 4,3. 106 km3). Embora seja situação muito diferente da América do Norte e da América do Sul, onde os antigos oceanos foram levantados, mesmo assim a profundidade não é muita e a Petrobrás é craque em pesquisa em águas muito mais profundas – ela tiraria de letra. Além disso, é uma província petrolífera que estaria metade de posse da Europa, no melhor dos casos 1,5 milhão de km2, sem falar que o outro tanto estaria defronte, em poder de países árabes com os quais ela poderia negociar, até porque não estaria enforcada, dado que tem metade.

                            Acontece que podemos ver um arco de montanhas acima na Europa atravessando desde a esquerda até a direita e abaixo um arco que está se formando a partir da Cadeia do Atlas no Marrocos e adjacências. Com certeza o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho (0,44 milhão de km2) faziam parte do mesmo oceano antigo e aberto que separava totalmente a África da Europa não faz muito tempo, talvez 70 milhões de anos. O Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo foram seccionados, mas são irmãos, e ambos contêm petróleo às pampas. O Vermelho, claro, tem de um lado o Egito, que não tem achado petróleo, e a Arábia Saudita, que tem achado muito; são ambos árabes. O Mar Negro (segundo a Koogan/Houaiss de papel, Rio de Janeiro, Delta, 1993, 0,44 milhão de km2 também) e o Mar Cáspio (idem, 0,42 milhão de km2).

                            AS SOMAS COBIÇADAS DORAVANTE (milhões km2)

·        Mediterrâneo                            3,00

·        Vermelho                                    0,44

·        Negro                                           0,44

·        Cáspio                                          0,42

TOTAL                                                 4,30

Quero que os árabes prosperem, mas de modo algum quero a Europa sufocada; de modo que a Europa teria todo o Cáspio, todo o Negro e metade do Mediterrâneo, total de 2,36 milhões de km2 para pesquisar, a Itália todo o Adriático entre ela e a Europa continental para leste, lados da Albânia.

Evidentemente o mar é móvel, não é firme como a terra no Brasil, quando se for pesquisar petróleo, mas podem-se estabelecer imensas plataformas submarinas com a tecnociência disponível na Europa. É MUITO MELHOR do que nada e melhor que o Mar do Norte, onde as borrascas podem atrapalhar ainda mais. Pelo menos no Mediterrâneo os europeus estão acostumados a trafegar, além do que interessa sobremaneira que a dureza do Norte seja amaciada pela suavidade do Sul.
Vitória, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004.

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