segunda-feira, 8 de maio de 2017


Os Cinco Mundos no Brasil

 

                            Naturalmente a Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas também se aplica ao Brasil, havendo numa extremidade os menos competentes e noutra os mais, os menos e os mais avançados, os menos e os mais criativos e assim por diante em todos os quesitos. Excepcionalmente apurada será aquela lista na qual, escolhidas tais perguntas, se pudesse colocar em gráfico os múltiplos (competência x rendimento crescente ou produtividade x avanços ou produções autônomas x criatividade ou independência criativa x produção massiva, etc.) e daí num mapa brasileiro, criando um Atlas com altos e baixos: 1) por estado, 2) por municípios/cidades, 3) por distrito ou por bairro. Depois, estender o mensurador à América do Sul, à América Latina, às Américas e ao mundo.

                            Apareceria mesmo como um mapa com montanhas, platôs e vales, em crescimento ou decrescimento, com cores de um lado do espectro indicando o crescimento e as do outro lado o decrescimento. Poderíamos ver o mapa de lado para visualizar as montanhas mais altas se destacando como primeiro mundo no Brasil, ao passo que as fossas do quinto mundo se projetariam para baixo em relação à média do terceiro mundo. As regiões azuis, tradicionalmente mostrando o mar, indicariam em vários tons as fossas mais ou menos profundas. As regiões em vermelho (que é cor associada à quentura, ao calor) seriam atrativas, do primeiro mundo, onde as notícias estão efervescendo, onde há grandes investimentos – o provável investidor as veria imediatamente, procurando depois apurar quantitativa e estatisticamente os critérios. Todo dia seria publicado um novo mapa com os novos dados de avaliadores qualificados, postos pelos governempresas e treinados em escolas para tal criadas. Fosse a FGV (Fundação Getúlio Vargas, que é fascista), fosse a FIBGE (Fundação IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) governamental ou outras instituições autorizadas, talvez universitárias ou autônomas, elas se encarregariam de pesquisar e colocar nos programáquinas os dados, de modo a sair deles os mapas esperados.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de janeiro de 2004.

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