O Custo da Reconstrução
Se, como está posto
indiretamente em Pessoambientes em
Guerra e em Praças de Convivência,
neste Livro 64, deveremos reconstruir as casas, os prédios de apartamento, as
praças, os prédios de repartições, as fábricas e tudo mais para um nível de
proximidade e convivência que desconhecemos ainda, isso custará um tanto, como
já havia dito no modelo, posteridades e ulterioridades.
Como é que faremos?
Deveremos demolir
progressivamente esses prédios de agora? Como se sabe o mecanismo é conhecido:
1) os ricos constroem segundo os novos modelos audaciosos e têm antes de todos
acesso aos novos prazeres e felicidades, porque dispõe de recursos sobrantes e
são mais audazes, dispostos a novas iniciativas (é porisso fundamentalmente que
são ricos); 2) depois vão os médios-altos copiar; 3) bem mais tarde vão os
médios, herdeiros das comodidades; 4) décadas depois os pobres ocupam as
antigas casas dos ricos, médios-altos e médios, quando já se semi-favelaram; 5)
os miseráveis vão séculos mais tarde, se chegam a ir – é fatal.
Não deveria ser
assim, mas é.
Então,
objetivamente, o efeito demonstrador é para os ricos e médios-altos, é para
eles que inicialmente a nova ARQUIENGENHARIA CÍCLICA construirá e os
tecnartistas em geral farão suas TECNARTES CÍCLICAS. Quando, proximamente,
houver uma primeira demonstração, ela será dirigida a esses espíritos que se
projetam adiante, enquanto os outros buscam o conforto do passado e sofrem com
ele.
Os próprios
arquiengenheiros deverão ainda converter-se psicologicamente a essa nova
modalidade de construções, reorganizando seus espaços e seus tempos
psicológicos internos, antes de produzirem-organizarem os dos outros. Devem
passar pela CONVERSÃO CÍCLICA, a qual não diz respeito, de modo algum, a
polarizar no extremo opositor ao espaçotempo linear anterior, afastando-o, o
que não vem ao caso, porque não queremos um absolutismo reverso no outro pólo,
de jeito algum. O que queremos é apenas valorizar a circularidade sem afastar a
linearidade – ambas cabem no mundo.
Vitória, sábado, 07
de fevereiro de 2004.
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