quinta-feira, 18 de maio de 2017


O Cerco de Tróia Olímpica

 

                            Tróia I dos primórdios é de 3000 a 2600 a.C.; Tróia III, IV e V de 2300 a 1900 a.C. já era uma cidade de poder local; Tróia VI é de 1725 a 1275, enquanto Tróia VII-a é que é a épica de 1200 a.C. supostamente destruída pelos gregos. O conjunto foi redescoberto por Heinrich Schliemann (alemão, 1822 a 1890) de 1870 a 1890. Fica na Anatólia, Turquia, agora nas colinas de Hissarlik, 37º 9’ Norte e 32º 20’ Leste.

                            Imagino que não passava de uma cópia da Cidade dos Deuses, a Morada dos Deuses, o monte Olimpo (veja O Monte Adão, Livro 66), que ficava na Suméria, em Uruk, no atual Iraque (em Warka) e não na Grécia, esta, sim, gigantesca e rica, que a imaginação dos gregos copiou, pois o cerco da Tróia celeste deve ter acontecido lá pelo ano 1700 a.C., por aí, quando Taré, seu filho Abraão e seu sobrinho Lot bateram em retirada, escorraçados pelos povos revoltados. A distância entre elas não é grande, uns mil e quinhentos quilômetros.

                            É provável que Homero na Ilíada estivesse se referindo ao cerco do monte Olimpo em Uruk e não a essa Tróia que Schliemann descobriu, pois fala de deuses e certamente não havia nenhum deus ou anjo na Tróia turca, enquanto na Tróia sumeriana sim, com toda certeza, os adâmicos, como estamos supondo. Os gregos, chegando tarde nas coisas todas, se apoderam de muito sem referir a autoria (como os brasileiros fazem constantemente); puseram seus nomes nos deuses e tornaram suas as lendas e mitos antigos, para dar foros de antiguidade à sua civilização nascente. Essa Tróia histórica certamente está lá em suas muitas camadas; a Tróia épica de Homero não se refere a ela e sim ao cerco e destruição da Tróia atlante ou celeste pelos povos em revolta geral, na maior operação isolada de guerra antes dos tempos modernos. Deve ter sido absolutamente assombroso, de um lado os humanos com suas pobres e toscas máquinas, porém grande número de pessoas, e do outro os “deuses” atlantes com número pequeno por comparação, contudo com armas poderosas e indescritíveis. Qual terá sido o estopim? O Páris celeste ou atlante terá tomado a mulher de um dos chefes humanos, depois de séculos e milênios de depravação? Taré, Abraão, Lot e os outros seriam aquele Enéias da Eneida, o conto de Virgílio que imita a Ilíada? Neste caso os acontecimentos não seriam de 1200 e sim de 1700 a.C., 500 anos antes, que Homero romantizou – não obstante, na realidade uma luta horrenda, como centenas de milhares de mortos.

                            Vitória, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004.

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