O Ano Zero de Adão
Em Contando com os Judeus (Livro 61) a
linha lógica que segui da frente para trás se encontrou com o sistema de
contagem deles 5,7 mil anos atrás, precisamente - segundo eles - em 3,75 mil
antes de Cristo. Esse seria o Ano Zero da Era Adâmica (= ATLANTE), AZEA.
Tendo escolhido um
planeta, mirando corretamente um atrasado que não se opusesse fortemente aos
planos, à intenção de condução de todo o futuro, Adão e Eva se apoderaram dos
sapiens, cuidadosamente transformando-os nos humanos que somos hoje,
trabalhando enquanto duraram os adâmicos, por 2,15 mil anos.
Eles não chegaram a
um planeta que já tivesse armas atômicas ou transportes de longo curso,
intercontinental, ou sócioeconomia produtivorganizativa para seis bilhões, mas
a um lugar onde havia de cidade Jericó e pouco mais, onde não existia nem
escrita nem ligas de metais, onde não tinham imprensa nem pólvora, nenhuma
descoberta dentre os milhares de invenções posteriores – provavelmente nem roda
tinham e mal conseguiam manter o fogo aceso. Era MESMO a aurora da civilização
que, não fosse eles, os adâmicos e seu trabalho persistente por 2,15 mil anos,
teria demorado ainda milhares de anos raiando naturalmente – artificializaram,
aceleram o desenvolvimento da Terra de um jeito que não podemos imaginar.
Mas isso foi depois.
No AZEA eles nada
tinham, zero mesmo em termos dos confortos de Paraíso, como estou apelidando o
planeta de origem na estrela que chamamos Canopus. Ora, chegam Adão e Eva de
mudança, “com uma mão na frente e outra atrás” tapando as vergonhas que tinham
passado de serem expulsos de casa pelo Pai enraivecido e depararam com um
planeta em que tudo estava por fazer ainda; não havia o mínimo conforto, eles
deviam providenciar tudo. Por maior que fosse a nave de viagem (ela deve estar
estacionada em algum lugar do sistema solar) ela não poderia trazer tudo
(ademais, está dito na Bíblia que eles deveriam doravante “ganhar a vida com o
suor de seus rostos”, ou seja, trabalhar, em vez de receber gratuitamente). Em
resumo, eles tiveram de mourejar mesmo para conseguir as mínimas coisas, num
nível bem mais baixo ao que estavam acostumados - o que quer dizer que o ADRN
deve ser parecido (se fosse totalmente diferente nada poderiam aproveitar, não
faria sentido em vir; se fosse igual sem defesa prévia eles poderiam ter
morrido com os esporos do ar, cada vírus e bactéria sendo mortal; se fosse
muito semelhante e tivessem defesa não morreriam facilmente a qualquer
momento).
É de supor que
tivessem escolhido um planeta ao mesmo tempo atrasado e compatível
biologicamente.
Mesmo assim, ao
chegarem deveriam adaptar-se à Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo,
fogo/energia e no centro Vida, no centro do centro Vida-racional) local,
instalando uma logística de abastecimento de transição, com algumas máquinas de
filtragem, como soldados que vão a terras estrangeiras e não estão acostumados
aos germes e à alimentação dali. Tinham de ter um centro, um local para viver,
um local sagrado e inviolável, de preferência inacessível e defendido de feras
e das semiferas que eram os sapiens, ainda por educar. Um lugar alto, talvez no
alto de morro, acima da vida dos vales, nas montanhas, ou fazendo construir
para si santuários que os sapiens não pudessem visitar, exceto se chamados. É a
lógica. Por mais bobos que fossem os primitivos eles poderiam ser ofensivos e
poderiam até matar. Instalar um círculo de vigilância é o ideal, um PERÍMETRO
DE DEFESA, como dizem os militares.
Há aí uma lista
enorme de tarefas a cumprir.
Acho que a vida dos “deuses”
não deve ter sido nada fácil.
Bem que dizem que
“Deus castiga”. E quando faz isso, sai da frente, é de arrepiar mesmo.
Provavelmente eles
penaram uma barbaridade até instalarem o mínimo de coisas aceitáveis lá de onde
vieram.
Vitória, quinta-feira,
29 de janeiro de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário