quarta-feira, 10 de maio de 2017


Mulheres no Ciclo

 

                            Ao contrário do que se dizia, o modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletores mostrou taxativamente que as mulheres é que inventaram a maioria das coisas nos tempos iniciais dos hominídeos (dez milhões de anos) e dos sapiens (100, 50 ou 35 mil anos): de colchões a vasos, cestas, aritmética, estocagem, agricultura inicial, etc.

                            Já vimos que elas precisavam dos homens porque, de outro modo, sem eles a comunidade não expandiria, não cresceria, já que elas são cíclicas, vão da caverna-casa à coleta na árvore e nas redondezas e voltam. Nunca cresceriam, ficariam sempre na mesma, e de fato antes de os homens terem sido empurrados para diante pela caça expansionista os hominídeos ficaram um tempo excessivo sob domínio das mulheres.

                            O ciclo é círculo familiar, é ótimo, é intimista, é de confiança, é feliz, é tranqüilo, tudo isso a gente tem mesmo de reconhecer – mas o ciclo não aumenta, não cresce. Com ele ainda estaríamos nas cavernas, não teríamos os AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo) racionais que ocupam todos os continentes, inclusive a Antártica. Os humanos seríamos alguns milhares, não seis bilhões. Não estaríamos mirando o espaço além-Terra. Os predadores das redondezas já teriam nos engolido, como engoliram os outros humanos; teríamos desaparecido.

                            A falta de agressividade feminina é boa, é excelente, faz parte do equilíbrio e deve ser redespertada, pois o ser humano tem dois corpos e duas mentes, mas só o lado delas teria condenado a humanidade a ser menor, a fechar-se e morrer à mingua, como tantas espécies que desapareceram. Foi a feroz agressividade masculina (que tanto deploramos) que nos levou a conquistar o espaçotempo humano atual em todos os continentes. Não vamos construir nenhum altar à agressividade, mas ao menos agora reconhecemos seu papel.

                            Vitória, quarta-feira, 04 de fevereiro de 2004.

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