Mulheres no Ciclo
Ao contrário do que
se dizia, o modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e
das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletores mostrou taxativamente que as
mulheres é que inventaram a maioria das coisas nos tempos iniciais dos
hominídeos (dez milhões de anos) e dos sapiens (100, 50 ou 35 mil anos): de
colchões a vasos, cestas, aritmética, estocagem, agricultura inicial, etc.
Já vimos que elas
precisavam dos homens porque, de outro modo, sem eles a comunidade não expandiria,
não cresceria, já que elas são cíclicas, vão da caverna-casa à coleta na árvore
e nas redondezas e voltam. Nunca cresceriam, ficariam sempre na mesma, e de
fato antes de os homens terem sido empurrados para diante pela caça
expansionista os hominídeos ficaram um tempo excessivo sob domínio das
mulheres.
O ciclo é círculo
familiar, é ótimo, é intimista, é de confiança, é feliz, é tranqüilo, tudo isso
a gente tem mesmo de reconhecer – mas o ciclo não aumenta, não cresce. Com ele
ainda estaríamos nas cavernas, não teríamos os AMBIENTES (cidades/municípios,
estados, nações e mundo) racionais que ocupam todos os continentes, inclusive a
Antártica. Os humanos seríamos alguns milhares, não seis bilhões. Não
estaríamos mirando o espaço além-Terra. Os predadores das redondezas já teriam
nos engolido, como engoliram os outros humanos; teríamos desaparecido.
A falta de
agressividade feminina é boa, é excelente, faz parte do equilíbrio e deve ser
redespertada, pois o ser humano tem dois corpos e duas mentes, mas só o lado
delas teria condenado a humanidade a ser menor, a fechar-se e morrer à mingua,
como tantas espécies que desapareceram. Foi a feroz agressividade masculina
(que tanto deploramos) que nos levou a conquistar o espaçotempo humano atual em
todos os continentes. Não vamos construir nenhum altar à agressividade, mas ao
menos agora reconhecemos seu papel.
Vitória,
quarta-feira, 04 de fevereiro de 2004.
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