Jornal de Mentira
Estava na padaria e
um camarada do lado disse que as notícias que estavam sendo apresentadas do
jornal de TV eram mentirosas. Como se sabe, nos muros de Paris foi certa vez
escrito, lá pelos idos de 68: “Não compre jornais, invente suas próprias
mentiras”.
Isso me deu a idéia
de fazer um jornal que analisasse o que os demais dizem (de TV, de Rádio, de
Internet, de papel), demonstrando peremptoriamente, terminantemente, que estão
falando bobagem ou pregando mentiras deslavadas às PESSOAS (indivíduos,
famílias, grupos e empresas) e aos AMBIENTES (cidades/municípios, estados,
nações e mundo).
Isso, evidentemente,
os colocaria “nas pontas dos cascos”, como diz o povo, pisando em ovos, andando
com muito cuidado ao se saberem vigiados. Os colegas cobrariam, os donos dos
jornais, os leitores, toda gente atingida pelas inverdades, pelos descuidos em
informar – o Jornal geral se tornaria muito cuidadoso em veicular quaisquer
informações. Com o tempo as pessoas teriam o JM como referência, procurando
lê-lo para conhecer os jornais sérios das redondezas, do país e do mundo, como
desse para ser; por outro lado os demais veículos, irritados com a vigilância
dele, fariam tudo para desmoralizá-lo, atacando-o o vigiando-o estritamente, o
que seria bom, porque manteria sua qualidade e fidelidade ao tema de divulgar a
verdade profundamente investigada.
Deveria ter um bom
corpo de advogados, porque seria fatalmente processado muitas vezes e até que o
outro lado perdesse muitas causas todos se aventurariam; o que pressupõe desde
o início um poder socioeconômico considerável por trás, haja vista a
necessidade de amparo financeiro. Um grande grupo econômico deveria assumi-lo
como uma missão, a de afastar a chamada “imprensa marrom”, que vive de
sensacionalismos e manchetes sem qualquer base ou fundamentação. Tal jornal
faria um bem enorme às coletividades e à própria pesquisa & desenvolvimento
alta (o) geo-histórica, porque daria uma base mais firme a ela.
Vitória, sábado, 07
de fevereiro de 2004.
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