quarta-feira, 10 de maio de 2017


Impregnação dos Fetos

 

                            Temos um problema agudo: de um lado Jung identificou positivamente que há sonhos e pesadelos que são repetidos como arquétipos em vários países muito distantes, sem que as pessoas que os descreviam pudessem ter notícia uma das outras e num tempo antes de agora, em que não poderia ter ocorrido conspiração via Internet. Nem de longe. De outro lado os genes no núcleo, o ADRN não pode conter memórias que só o cérebro em sua vastidão relativa comporta. Não há jeito.

                            Não é o homem que passa memórias (veja o artigo deste Livro 64 A Caverna do Inconsciente), pois o espermatozóide não comportaria, dado que é ainda metade do núcleo futuro, com metade dos genes e o dobro de improbabilidade. Assim, só resta a mulher. O papel dela não seria apenas estático, de construir o corpo do feto, com cérebro, seria agora na minha concepção o de programar memórias-de-reação básicas.

                            AS MEMÓRIAS PROGRAMADAS

·        Memórias da Vida geral inicial (fungos e plantas);

·        Memórias animais;

·        Memórias primatas (100 milhões de anos);

·        Memórias hominídeas (10 milhões de anos);

·        Memórias sapiens (100, 50 ou 35 mil anos);

·        Memórias civilizadas (escravistas, feudalistas e capitalistas, por enquanto).

Assim, os nove meses de gravidez não constroem apenas o corpo/cérebro, mas também a mente ou gerador de autoprogramas já impregnado, ou seja, a gente já nasce com um patrimônio de sonhos e pesadelos; não é aquela TABULA RASA de Kant, creio. Nossa mente não nasce vazia. Desde a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y (não por artes dele, tudo vem das mães há 200 mil anos) vimos sonhando os sonhos ancestrais, os medos de outrora, razão pela qual tornou-se subitamente urgente e fundamental MAPEAR OS SONHOS. Para haver programação (por impregnação) deveria haver um CANAL DE TRANSFERÊNCIA, assim como há uma pedagogia universitária. Se são as mães e elas foram mudando de um para outro espaço através da migração há com certeza uma ÁRVORE DE SONHOS.

Por exemplo, a Eva Mitocondrial passou seus sonhos a suas sete filhas, como os cientistas estão colocando; estas, por sua vez, mudaram de caverna e cada uma teve seus sonhos, que só passou a seus filhos e filhas, e assim sucessivamente - só os mais perigosos, evidentemente, digamos sobre vulcões, feras terríveis, coisas desse tipo. Se os sonhos forem mapeados poderemos construir a AS, Árvore dos Sonhos, com todos os níveis deles, remontando aos medos das amebas, suas impressões muito fugidias, mas que foram se repetindo por milhões de anos. E isso através de toda a linha de evolução que veio dar nos humanos.

Gabriel, aqui do lado, fez uma pergunta crucial: e os bebês de proveta? Naturalmente, eles são fecundados em vidro (in vitro) e a seguir implantados no útero, sendo igualmente programados, impressionados, impregnados; do mesmo modo, os futuros bebês clonados que sejam colocados no útero ainda estarão garantidos. Entrementes, no momento em que os bebês nascerem inteiramente fora das mães já não sonharão o passado e as defesas que ele providenciou. Perguntarão que vantagem poderiam representar aqueles sonhos e pesadelos, mas nitidamente eles são uma espécie de VACINA IMAGÍSTICA, uma vacina de imagens a nos precaver de uma série de coisas, a nos alertar de uma série de possibilidades. Os bebês, nascidos fora das mães, já não seriam verdadeiramente humanos porque não teriam nosso passado, para o bem e para o mal; seriam outra raça racional, sem passado, sem identidade psicológica com a Terra. Assim deve ter sido o nascimento de Adão.

RESUMINDO

1.       As mães programam as mentes dos filhos;

2.      Os seres humanos herdam sonhos e pesadelos por impregnação;

3.      Há uma AS, Árvore dos Sonhos, que vem da Eva Mitocondrial;

4.     Os sonhos vão se tornando diferentes (os índios americanos, que se separaram da outra corrente há 15 e há 12 mil anos, em duas levas, tem sonhos que ninguém mais tem);

5.      Podemos saber dos neandertais colecionando nossos sonhos (os medos e esperanças deles estão retratados nos sonhos que nos passaram);

6.     Há uma preocupação quanto ao futuro, a partir de quando os bebês venham a termo inteiramente fora das mães;

7.      Um mapeamento TOTAL dos sonhos e pesadelos faz-se fundamental.

Isso naturalmente muda tudo.

Fica a questão do CANAL DE PROGRAMAÇÃO, porque a única coisa que liga a mãe ao filho é o cordão umbilical, que vai da placenta até o umbigo; ele deveria conter, em tese, um cordão neural por dentro, junto do fluxo de sangue que alimenta o bebê. Não sendo biólogo ou médico não entendo como isso poderia funcionar. Como disse no artigo anterior citado, poderíamos testar se há de fato tal programação, porque nascendo prematuros (mais hoje que antes) os bebês naturalmente têm um mês a menos, dois e até três, nascendo até de seis meses, evidentemente com impregnação parcial ou incompleta. A mulher teria de ser diferente, com um fio neural ligando-a até o feto (no nascimento o seccionamento seria duplamente doloroso, não apenas carnal, mas mental) via cordão; com certeza há gente em que o fio (no caso de realmente existir) é defeituoso e não sonha ou sonha mal. E há a questão das pseudofêmeas: terão elas tal fio neural, dado que são homens? E vice-versa, os pseudomachos teriam o cordão, ainda que inativo (porque não possuem útero)? Os pesquisadores saberão fazer mais perguntas, no caso de haver possibilidade real.

E devemos pensar que os bebês já nascem com sonhos e pesadelos que não são seus, são dos nossos antepassados.

Vitória, segunda-feira, 02 de fevereiro de 2004.

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