segunda-feira, 15 de maio de 2017


Globo de Placa

 

                            No futebol o “gol de placa” é aquele que é feito “de prima”, de primeira, com a bola ainda no ar, batendo-se em geral com o peito do pé, sem deixá-la tocar o solo. Obviamente é muito valorizado, porque é relativamente raro.

                            No caso estaremos falando das placas tectônicas, da teoria geológica da Tectônica de Placas que substituiu depois do Ano Geofísico Internacional de 1957 a teoria mais antiga de Wegener (Alfred, alemão, 1880 a 1930; sofreu zombarias de seus pares, até 30 anos depois de sua morte sua teoria se tornar amplamente vitoriosa) da Deriva Continental. O fato é que há uma Placa da América do Sul, que anda para a esquerda e para baixo, subindo na Placa de Nazca, que anda para a direita, entrando debaixo da primeira na costa do Peru, e muitas outras que estão se chocando. Já pedi que os continentes fossem desconsiderados como partes menos importantes na P&D geológica, as pessoas se fixando nas placas, cuja operação é muito mais complexa e interessante, sendo os continentes, do ponto de vistas delas, apenas adereços, roupas postas por cima (embora coloridas e brilhantes, não constituem o conteúdo). Para não atrapalhar a visão os continentes deveriam ser rebaixados até as placas mais largas, a partir daí a gente só vendo a elas. Ou eles seriam levantados. Enfim, as placas seriam os novos continentes, obscurecendo-se também os oceanos e mares, ficando como fossas. As placas receberiam cores e trataríamos desde então da interação delas e nada mais. Teríamos um GLOBO DE PLACAS em lugar do Globo terrestre usual. Um mapa-múndi de placas ou um ATLAS TECTÔNICO nas salas de aula, nos escritórios e até em nossas casas. O mesmo seria feito para Marte, Vênus, Mercúrio e os satélites, até onde fosse possível.

                            Trataríamos diretamente com elas, sem passar por intermediários, que tradicionalmente só dificultam o processo de aquisição (neste caso, de conhecimentos).
                            Vitória, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário