Globo de Placa
No futebol o “gol de
placa” é aquele que é feito “de prima”, de primeira, com a bola ainda no ar,
batendo-se em geral com o peito do pé, sem deixá-la tocar o solo. Obviamente é
muito valorizado, porque é relativamente raro.
No caso estaremos
falando das placas tectônicas, da teoria geológica da Tectônica de Placas que
substituiu depois do Ano Geofísico Internacional de 1957 a teoria mais antiga
de Wegener (Alfred, alemão, 1880 a 1930; sofreu zombarias de seus pares, até 30
anos depois de sua morte sua teoria se tornar amplamente vitoriosa) da Deriva
Continental. O fato é que há uma Placa da América do Sul, que anda para a
esquerda e para baixo, subindo na Placa de Nazca, que anda para a direita,
entrando debaixo da primeira na costa do Peru, e muitas outras que estão se
chocando. Já pedi que os continentes fossem desconsiderados como partes menos
importantes na P&D geológica, as pessoas se fixando nas placas, cuja
operação é muito mais complexa e interessante, sendo os continentes, do ponto
de vistas delas, apenas adereços, roupas postas por cima (embora coloridas e
brilhantes, não constituem o conteúdo). Para não atrapalhar a visão os
continentes deveriam ser rebaixados até as placas mais largas, a partir daí a
gente só vendo a elas. Ou eles seriam levantados. Enfim, as placas seriam os
novos continentes, obscurecendo-se também os oceanos e mares, ficando como
fossas. As placas receberiam cores e trataríamos desde então da interação delas
e nada mais. Teríamos um GLOBO DE PLACAS em lugar do Globo terrestre usual. Um
mapa-múndi de placas ou um ATLAS TECTÔNICO nas salas de aula, nos escritórios e
até em nossas casas. O mesmo seria feito para Marte, Vênus, Mercúrio e os
satélites, até onde fosse possível.
Trataríamos
diretamente com elas, sem passar por intermediários, que tradicionalmente só
dificultam o processo de aquisição (neste caso, de conhecimentos).
Vitória,
terça-feira, 17 de fevereiro de 2004.
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