Burarama e São Paulo
No Atlas Mundial Encarta Burarama - distrito
de Cachoeiro de Itapemirim - tem área indefinida, mas o Patrimônio, como o
chamamos, é um ponto situado a 20º 41’ de latitude Sul e 41º 11’ de longitude
Oeste, distando de Vitória, a capital do Espírito Santo, 139 km a Cachoeiro
mais 37 km de lá à sede do distrito, portanto um total de no máximo 180 km. Até
Cachoeiro vai-se pela BR 101 Sul, de lá pela BR 482, estrada Cachoeiro-Alegre,
até Pacotuba, onde há uma entrada e uma ponte pequena, de um veículo só por
vez, que é agora de cimento e foi por muitos anos de madeira. Há outros
acessos, mas esse é o principal e o único asfaltado. Segundo meu primo Toninho
(Perim) Friço o distrito já teve três mil habitantes, mas o êxodo rural levou
metade, sobrando 1,5 mil.
Pelo contrário, São
Paulo é imensa. A cidade tem mais de 10 milhões de habitantes (é a segunda do
mundo, com 10,5 milhões, depois de Seul, na Coréia do Sul, que tem 10,8
milhões), comportando SETE MIL Burarama’s inteiras e ocupando 1,35 mil km2.
A Grande São Paulo tem mais de oito mil km2 (mais precisamente
8.051; próxima da área de países, como o Líbano, 10.452 km2, ou a da
Jamaica, 10.991 km2), 100 vezes o tamanho da ilha de Vitória, que
tem 80 km2; estão na GSP 39 municípios (com 146 mil bairros), um
total de 17,8 milhões de habitantes, veja em anexo para maiores e melhores
informações.
Há um contraste
marcado (como mostrei também para Rosca
Seca e Tókio, Livro 59). Antigamente, quando cidade grande significava
civilização e o Brasil queria aumentar ao máximo as suas, quem era Burarama
ficava com inveja de quem era São Paulo; agora que, fora Tóquio, que é do
Japão, segunda economia do mundo, cidades gigantescas significam
subdesenvolvimento rever a posição é além de prazeroso, obrigação lógica, ainda
mais que Burarama pode ter um punhado das vantagens de São Paulo, mais um
punhado de vantagens que São Paulo nunca terá. Pode ter o melhor dos dois
mundos. Mudou tudo, alterou-se o panorama. Agora, é significativo ser um desses
1.500 buraramenses PRESENTES (pois há maior números de buraramenses ausentes),
frente a todos os bilhões que não o são nem podem ser nem estar. Ser
buraramense (assim como de todo lugar pequeno) é agora uma distinção.
Vitória,
segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004.
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