sexta-feira, 12 de maio de 2017


Burarama e São Paulo

 

                            No Atlas Mundial Encarta Burarama - distrito de Cachoeiro de Itapemirim - tem área indefinida, mas o Patrimônio, como o chamamos, é um ponto situado a 20º 41’ de latitude Sul e 41º 11’ de longitude Oeste, distando de Vitória, a capital do Espírito Santo, 139 km a Cachoeiro mais 37 km de lá à sede do distrito, portanto um total de no máximo 180 km. Até Cachoeiro vai-se pela BR 101 Sul, de lá pela BR 482, estrada Cachoeiro-Alegre, até Pacotuba, onde há uma entrada e uma ponte pequena, de um veículo só por vez, que é agora de cimento e foi por muitos anos de madeira. Há outros acessos, mas esse é o principal e o único asfaltado. Segundo meu primo Toninho (Perim) Friço o distrito já teve três mil habitantes, mas o êxodo rural levou metade, sobrando 1,5 mil.

                            Pelo contrário, São Paulo é imensa. A cidade tem mais de 10 milhões de habitantes (é a segunda do mundo, com 10,5 milhões, depois de Seul, na Coréia do Sul, que tem 10,8 milhões), comportando SETE MIL Burarama’s inteiras e ocupando 1,35 mil km2. A Grande São Paulo tem mais de oito mil km2 (mais precisamente 8.051; próxima da área de países, como o Líbano, 10.452 km2, ou a da Jamaica, 10.991 km2), 100 vezes o tamanho da ilha de Vitória, que tem 80 km2; estão na GSP 39 municípios (com 146 mil bairros), um total de 17,8 milhões de habitantes, veja em anexo para maiores e melhores informações.

                            Há um contraste marcado (como mostrei também para Rosca Seca e Tókio, Livro 59). Antigamente, quando cidade grande significava civilização e o Brasil queria aumentar ao máximo as suas, quem era Burarama ficava com inveja de quem era São Paulo; agora que, fora Tóquio, que é do Japão, segunda economia do mundo, cidades gigantescas significam subdesenvolvimento rever a posição é além de prazeroso, obrigação lógica, ainda mais que Burarama pode ter um punhado das vantagens de São Paulo, mais um punhado de vantagens que São Paulo nunca terá. Pode ter o melhor dos dois mundos. Mudou tudo, alterou-se o panorama. Agora, é significativo ser um desses 1.500 buraramenses PRESENTES (pois há maior números de buraramenses ausentes), frente a todos os bilhões que não o são nem podem ser nem estar. Ser buraramense (assim como de todo lugar pequeno) é agora uma distinção.

                            Vitória, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004.

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