quarta-feira, 10 de maio de 2017


Belo Campo

 

                            É certo que nos países do primeiro e do segundo mundos as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) dão muito mais valor ao campo, à roça, ao interior – mas também não é tanta coisa a mais, não, de jeito nenhum, e não é, com certeza, nem mesmo lá, nem um centésimo do que poderia e deveria ser, pelo menos se depender da minha vontade.

                            Na realidade a dialética, o TAO (pela mandala do yin/yang) e o modelo dizem que no reverso do ciclo o campo vai voltar a ser valorizado, porém não quero esperar tão longo tempo, falo de agora mesmo, como diz o povo “dejá-hoje”, logo. Tenho pensado que os grandes espaços do campo permitirão reverter muitas doenças humanas, especialmente quando o Modelo da Caverna dos homens (machos e pseudofêmeas) caçadores e das mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras mostra que os homens precisavam de amplos espaços no tempo dos hominídeos (10 milhões de anos) como campos de caça (até mesmo no século 20 os índios norte-americanos ainda falavam disso), enquanto as mulheres precisam de amplos espaços de coleta, com árvores, pássaros, riachos, etc.

                            Querer os confortos da Cidade geral e a proteção mútua dela nos fez ficar nas cidades cada vez maiores, espremidos e atiçados por conflitos, amargurados, doloridos, sem expansão possível, fora essas dos choques. Algo está errado e muito errado. Penso que não apenas nos subúrbios como nos das cidades dos EUA, mas em pequenas vilas (como o Patrimônio, Burarama, distrito de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, Brasil) distantes do burburinho e da agitação desenfreada da Cidade Grande, agora que é possível ter lá os confortos todos (TV por satélite, telefone, computador, piscina, áreas de passeio, supermercado – se for bem organizado, como pode ser). Acho que é hora de ganhar muito dinheiro oferecendo CIDADES INTEIRAS, pequenas, com 1,5 mil ou 2,0 mil moradores, tudo organizado e superorganizado para ter as vantagens todas sem desvantagem alguma com que se sofra muito. Pode-se organizar 100 mil dessas pelo mundo, ou mais. Como cada uma das casas pode (com amplo espaço à volta) custar fácil 500 mil dólares, se forem duas mil serão 500.000 dólares x 2.000 casas x 100.000 vilas = 5 x 2 x 1 x 105 x 103 x 105 = 1014 (100 trilhões de dólares, dinheiro para ninguém botar defeito). Um programa nunca visto e um imenso prazer de construir, uma felicidade mesmo.
                            Vitória, domingo, 01 de fevereiro de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário