sexta-feira, 12 de maio de 2017


Baixou um Nero

 

                            Âncio NERO (37 a 68, apenas 31 anos entre datas, chamado Nero, Negro) foi imperador romano (54 a 68, dos 17 em diante, por 14 anos entre datas) filho de Domício Aenobarbo e de Agripina, adotado por Tibério. Nesses 14 anos de reinado ele fez misérias, literalmente, inclusive mandando matar a própria mãe e a esposa, entre outros. Segundo os cristãos tocou fogo em Roma para compor uma ode, um poema; na realidade diz-se que ele queria ampliar e reconstruir a cidade à sua maneira, encontrando esse meio fácil de promover as desapropriações. É mostrado tocando harpa enquanto a cidade queima.

                            Desse “queimar” naturalmente veio a idéia aos autores do programa (que se pega gratuitamente na Internet) de colocar tal nome, pois ele imprime discos de CD e DVD com todo tipo de coisas, de dados a músicas de MP3, podendo-se com alta compressão colocar num CD de 700 MB (megabytes) até 200 músicas, quando num CD comum cabem 12 ou 18, imagine só. O título vem de uma música, não sei de quem, que diz “baixou um Nero na porta-bandeira”.

                            Você pode escolher qualquer número “quadrado”, isto é, o quadrado de um número: 102, 92, n2. Se escolher 100 anos será muito, se escolher um será pouco. A vantagem de 82 = 64 é que 8 seria, deitado, o símbolo de infinito e isso tocaria os magos. Um número como 52 = 25 estaria mais próximo de uma geração humana de 30 anos, mas em 500 anos teríamos 20 períodos.

                            VOCÊ DECIDE (recuando deste ano, 2004)

82 = 64
72 = 49
62 = 36
52 = 25
1940
1955
1968
1979
1876
1906
1932
1954
1812
1857
1896
1929
1748
1808
1860
1904
1684
1759
1824
1879

Veja que o objetivo é pegar passagens de um para outro modo de ouvir música, criando os contrastes que ensinam, ou seja, houve um tempo em que o mais avançado era o CD, sei lá, por volta de 1985; antes disso era o LP; antes ainda, mais recuado, eram as orquestras.

Agora pegamos milhares de músicas via Internet, em MP3, e podemos gravar CD’s em casa “sem gastar um tostão”. De fato, não é assim, porque o provedor Terra custa 12 dólares (36 reais) por mês, a banda larga Velox (coloquemos) 24 (72), há a energia, o desgaste do computador, nosso tempo, o gravador de CD, um CD custa de R$ 1,70 a R$ 2,50, etc., mas mesmo assim é uma insignificância, frente ao que era, e pelo prazer de podermos pegar todo tipo de artista (é ruim para eles e os selos, que ganham menos ou nada; o ato de criação fica prejudicado, porque tem menos estímulo financeiro).

Mas, em todo caso, foi criada uma forma nova de ver e pensar o mundo, da qual devemos falar POR CONTRASTE, ou então nada aprenderemos. Deve-se colocar o Nero: 1) como é o programa em linguagem de máquina; 2) pôr como ele é em linhas de programação, 3) explicá-lo em linguagem humana; 4) como é o esquema de trânsito ou tráfego na infoestrada, 5) como é o portal (www.google.com ou www.google.com.br ou outro; daí pedindo-se o Nero); 6) quantas ofertas há em média em qualquer acesso, etc. Há oportunidade para todo um livro sobre esse salto gigantesco, mais importante que o de Neil Armstrong na Lua.

Enfim, o Nero e outros programas similares permitem-nos realmente visitar o mundo, gravando todo tipo de coisa em CD e estocando, ainda mais que agora há memórias mais largas, de 80 ou 120 GB (80 a 120 mil MB). Podemos jogar tudo nas memórias de máquina, depois passar inumeráveis coleções de dados para os CD’s. Ainda não está perfeito, como quando o trânsito for em banda hiperlarga, de 200 ou 300 megas por segundo (e não 512 KB, quilobytes, que na realidade se reduzem a 1/8 ou 64 KB no máximo por segundo; precisamos de mil ou cem mil vezes isso) e quando houver memória ilimitada, mas já mudou completamente o cenário, instalando real liberdade.

Vitória, segunda-feira, 09 de fevereiro de 2004.

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