As Mulheres Conversam
Como diz a
dialética, o TAO e o modelo, o que se cumpre é sempre o contrário do que nos
esforçamos muito para conseguir.
As mulheres, que os
dez milhões de anos hominídeos colocaram juntas e apertadas na Caverna geral, e
estando próximas deveriam ser profundamente íntimas, tornaram-se
extraordinariamente competitivas por esperma e descendência, disputando
ferrenhamente, o que se manifestará na Língua das Mulheres (fêmeas e
pseudomachos) coletoras, enquanto os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores,
inicialmente postos em extrema competição, tornaram-se amistosos.
Na realidade é bem
fácil compreender.
Os homens foram
chamados pela caça a focarem num ponto e, para chegar a ele, na linha que a ele
conduzia, ou seja, em flecha até o alvo, ao passo que as mulheres descentraram,
dirigindo-se ao plano e ao volume, ao espaço todo; e querendo alcançar futuro,
MÁXIMO FUTURO, como pedia e mandava a Mãe Natureza, querendo alargar sua base
genética, tornaram-se inimigas, todas e cada uma, pela própria condição do real
que foi apresentado.
Ora, a língua, sendo
da PESSOA (indivíduo, família, grupo ou empresa) o elemento, o centralizador, o
modelador de cenário ou AMBIENTE (cidade/município, estado, nação ou mundo),
cria na pessoa o que lhe pede o ambiente. SE o ambiente pede foco, como para os
homens, é um só saindo de muitos, convergência; SE, pelo contrário e
complementarmente, o ambiente pede dispersão para valorizar a sobrevivência,
como para as mulheres, sai de NÓS (MÃES, na Rede Cognata) para ser isolamento,
e elas terão uma língua-repartida, multipartida, de máxima sobrevivência
COLETIVA e não individual em todo momento, de constante disputa, exceto em
extremo perigo conjunto. Essas tensões constantes devem se manifestar no uso de
verbos, adjetivos e substantivos preferenciais, revelando ameaças mútuas. Só
quando a sobrevivência COLETIVA delas estivesse ameaçada elas falariam como uma
só; e só quando a sobrevivência INDIVIDUAL dos homens estiver ameaçada eles
falariam como vários. Ou seja, se TODAS E CADA UMA das mulheres estivesse
ameaçada de terminar elas falariam em uníssono, um-só-som, como quando todas
fossem colocadas num quarto fechado, simulado fogo, e elas só pudessem sair se
agissem em grupo. Os homens tenderão a falar juntos sob perigo mediano, porém
se o indivíduo só sobreviver se ele se separar dos demais a discórdia começará.
Vitória, domingo, 08
de fevereiro de 2004.
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