Árqueo-Fantasista
Erich von Daniken
A
frase é do Frankfurter Allgemeine Zeitung, de Frankfurt, Alemanha, enquanto o
autor é propriamente da Suíça (1935). Venho seguindo-o parcialmente (escreveu
30 livros, nem de longe tenho todos, apenas alguns, até porque, possivelmente,
nem todos foram publicados em português e eu teria de ter enorme afinidade para
ler tudo) desde o primeiro que consegui na década dos 1970 - ainda o tenho -, Eram
os Deuses Astronautas?, lançado em 1968, chegou ao Brasil pouco mais
tarde, o assunto era candente.
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Erich von Däniken
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Erich Anton Peter von Däniken (Zofingen, 14 de abril de 1935)
é um controverso escritor suíço conhecido por criar diversas teorias
sobre a suposta influência extraterrestre na cultura humana desde os
tempos pré-históricos. Däniken é o principal responsável por popularizar a
crença de que os deuses, descritos na literatura e escrituras das principais
religiões e civilizações, eram na realidade extraterrestres. As ideias
teorizadas nos seus livros são amplamente rejeitadas por cientistas e
académicos, que caracterizam o seu trabalho como pseudohistória e pseudoarqueologia.[1][2][3]
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Logo que saiu, comprei e li.
Quanto a Daniken não sei se é farsante por
vocação, apenas pode ter feito aposta errada, mal fundada, incompleta,
desleixada, sem aprofundamento.
Certamente no livro A História Está Errada,
São Paulo, Idea, 2010, profere inúmeros julgamentos errados, por exemplo,
quando na página 216 coloca sobre os arqueólogos, tecnocientistas que deveriam
no mínimo ser respeitados:
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CITAÇÃO.
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COMENTÁRIO.
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“Assim, temos de nos perguntar o que eles
realmente estão fazendo lá, esses arqueólogos e seus suados alunos”.
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Arqueologia, claro. Como repara, em “suados
alunos”, tarefas bem dificultosas, muito demoradas, muito cuidadosas – passam
ali anos e anos numa única escavação. E devem ser respeitados, pois
financiados por gente muito rigorosa que pede prestação de contas – não são Indianas
Jones aventureiros, respondem a seus vigilantes e críticos pares.
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“Os arqueólogos vivem de detritos”.
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DE MODO NENHUM! É ultrajante ler uma coisa
dessas: os arqueó-logos (estudantes do antigo) estão em busca de objetos e
escritos que introduzam na linha de raciocínios as antigas humanidades
nossas, a lutauxílio pela sobrevivência, a permanência, a ingente batalha humana
por permanência. Vemos quão baixo ele é ao declarar tal insanidade.
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Fala mal da Igreja e da fé, sem falar de
Cristo, que tenta inutilmente rebaixar com suas demências, seria outro assunto,
nem vou me dar ao trabalho de comentar as absurdidades desse ex-católico,
compre o livro e enoje-se por sua conta.
Sem dúvida é um fantasista, entre tantos que
de tão absurdos é divertido ler, vejo vários youtubes e notícias de Internet.
Sem dúvida, Daniken é um pseudo-historiador e
pseudo-arqueólogo, mesmo se – como é possível – naves tenham vindo à Terra, principalmente
as robóticas-cibernéticas-mecatrônicas, até com astronautas (cuja vida seria
tremendamente difícil de acomodar às longuíssimas viagens, mesmo à velocidade
da luz: neste caso a nave corre CONTRA a barreira de partículas, a energia é
produzida à conta de E = mc2 e qualquer grama de matéria transforma-se
em volume energético altamente destrutivo).
Demência, demência.
Dou o assunto por encerrado.
É criatura baixa.
Vitória, segunda-feira, 15 de maio de 2017.
GAVA.
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