Administrando os
Choros
Os homens (machos e
pseudofêmeas) ficamos enlouquecidos com os choros, sejam os das mulheres
(fêmeas e pseudomachos), sejam os das crianças. Como é que as mulheres são
capazes de administrar os choros? E tanto os seus, para conseguir dobrar os
homens, quanto os dos vários seres que administram (velhos e velhas, crianças,
gatos e cachorros pequenos, anões e anãs, aleijados, doentes e tudo mais)?
Pois existem muitos
tipos de choro. O falso-choro, que é a birra, o da implicância, o do deboche
infantil, o da acusação de falso ataque (como quando um garoto chora para
fingir que foi agredido por outro), o choro feminino de pleitear, o choro
apontando problema simples, o choro de perigo e de grande perigo, o choro
pedindo comida e bebida, o choro de dor, o choro de ameaça por predador, etc.
Se estamos certos de
pensar que a RELAÇÃO DE VOZES (veja O
Volume de Conversa das Mulheres, neste Livro 65) era de 90/10 entre
mulheres e homens, sendo a delas nove vezes tão larga, alta, profunda quanto a
nossa, então se segue que as mulheres têm nove vezes tanta facilidade de
administrar o choro quanto nós, isto é, os homens têm tolerância de 1/9. Vem
daí que elas podem saber, mesmo sem nunca terem sido treinadas, porque foi
geneticamente emoldurado, o quê significa tal ou qual variação, se é de birra
ou teimosia, ou de verdade, se é por este ou aquele motivo, se a doença
recrudesceu, se há perigo iminente e assim por diante.
Evidentemente isso
pode ser testado pelos psicólogos. Faria todo sentido ter uma mulher de plantão
nos hospitais, como enfermeira, pelo menos uma, em todo lugar, especialmente em
hospitais infantis, porque o choro é toda uma linguagem diferente. Há um VOLUME
DE CHORO (um CUBO DE CHORO) com largura, altura, profundidade onde se situam as
várias espécies e subespécies de choros que podem ser medidas fisicamente em
decibéis, em variação ou modulação, etc. Com isso poderão ser preparados
aparelhos para OUVIR CHOROS, programáquinas cativos que administrem
automaticamente os sons de choro.
Vitória,
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004.
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