sexta-feira, 12 de maio de 2017


Administrando os Choros

 

                            Os homens (machos e pseudofêmeas) ficamos enlouquecidos com os choros, sejam os das mulheres (fêmeas e pseudomachos), sejam os das crianças. Como é que as mulheres são capazes de administrar os choros? E tanto os seus, para conseguir dobrar os homens, quanto os dos vários seres que administram (velhos e velhas, crianças, gatos e cachorros pequenos, anões e anãs, aleijados, doentes e tudo mais)?

                            Pois existem muitos tipos de choro. O falso-choro, que é a birra, o da implicância, o do deboche infantil, o da acusação de falso ataque (como quando um garoto chora para fingir que foi agredido por outro), o choro feminino de pleitear, o choro apontando problema simples, o choro de perigo e de grande perigo, o choro pedindo comida e bebida, o choro de dor, o choro de ameaça por predador, etc.

                            Se estamos certos de pensar que a RELAÇÃO DE VOZES (veja O Volume de Conversa das Mulheres, neste Livro 65) era de 90/10 entre mulheres e homens, sendo a delas nove vezes tão larga, alta, profunda quanto a nossa, então se segue que as mulheres têm nove vezes tanta facilidade de administrar o choro quanto nós, isto é, os homens têm tolerância de 1/9. Vem daí que elas podem saber, mesmo sem nunca terem sido treinadas, porque foi geneticamente emoldurado, o quê significa tal ou qual variação, se é de birra ou teimosia, ou de verdade, se é por este ou aquele motivo, se a doença recrudesceu, se há perigo iminente e assim por diante.

                            Evidentemente isso pode ser testado pelos psicólogos. Faria todo sentido ter uma mulher de plantão nos hospitais, como enfermeira, pelo menos uma, em todo lugar, especialmente em hospitais infantis, porque o choro é toda uma linguagem diferente. Há um VOLUME DE CHORO (um CUBO DE CHORO) com largura, altura, profundidade onde se situam as várias espécies e subespécies de choros que podem ser medidas fisicamente em decibéis, em variação ou modulação, etc. Com isso poderão ser preparados aparelhos para OUVIR CHOROS, programáquinas cativos que administrem automaticamente os sons de choro.

                            Vitória, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004.

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