Abraão Olha para Trás
Como vimos em O Último dos Atlantes (Livro 64), na
coletânea Adão Sai de Casa, propus
que Abraão filho de Taré tenha sido o último dos adâmicos descendentes de Adão
e Eva, via Set, que viveram na Terra de 3,75 mil antes de Cristo, quando o
casal celeste chegou, até 1,60 mil a.C., quando Abraão morreu.
Ou é verdade ou será
a base de uma filme e seriado muito potentes, caso venham à tona.
Agora, pense na
tristeza de Abraão ao olhar para trás e ver o fim de sua raça, o desaparecimento
completo dela nele, sua descendência não vivendo mais que 120 anos, quando ele
terminou seus dias aos 175, Adão viveu 930 e Matusalém 969 anos! Olhar para
trás, para a glória passada, e olhar para frente, para o tempo ignoto, não
sabendo se ele e seus antepassados irão ou não despertar do longo sono (pois
certamente foram “embalsamados”, postos em sarcófagos que depois os humanos
imitaram, e emparedados nas pirâmides, para não se sabe quantos milhares de
anos de sono, até agora 3,6 mil). Lá para trás estão 2,15 mil anos gloriosos,
anos de trabalho e de brilho, e para frente somente miséria e terror. Ele deve
ter sido tomado de pânico total. E ainda mais quando Deus lhe diz para
sacrificar seu único filho, o único que, mesmo não mais atlante, ainda teria ligação
com ele (não é àtoa que muitos povos se dizem descendentes de Abrão, o
Patriarca, porque através dele tem esperança de se ligarem a Adão e seu
projeto).
Devendo sair da
terra ancestral em Ur e Uruk (do Vaso de Warka), na Suméria, hoje Iraque, para
ir ao estrangeiro com Taré já velho e todos os de sua casa, abandonando
qualquer ancestralidade, qualquer gênero de ligação com o passado, ou seja, sem
passado (porque a raça adâmica estava acabando nele), sem presente (tendo
abandonado sua terra) e sem futuro (sem saber para onde estava indo), confiando
somente na promessa de Deus, Abraão tinha uma fé imensa– vá ter fé assim lá
longe!
Foi mesmo um sujeito
admirável, é ou não é?
Esse ponto deve ser
superfrisado no filme, de modo que as pessoas sintam mesmo a superfigura de
Abraão como um marco, um zero de uma construção, a pedra fundamental de algo.
Vitória, segunda-feira,
16 de fevereiro de 2004.
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