domingo, 14 de maio de 2017


A Ponte Hominídea

 

                            Em Arcabouço Pré-Sapiens e A Geração dos Sapiens, Livro 55, e O Peso dos Hominídeos, Livro 57, e outros antes e depois, na coletânea A Expansão dos Sapiens, dispus um método de cálculo das participações de primatas e hominídeos que aponta que aqueles viveram na Terra 100 milhões de anos, enquanto estes estiveram por aqui 10 milhões de anos, por comparação com os 100, 50 ou 35 mil anos atribuídos aos sapiens pelos cientistas.

                            Na realidade os hominídeos construíram uma ponte, pois quando pegaram as tarefas os primatas tinham na mesopirâmide psicológica, das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas), no máximo indivíduo e família, enquanto os hominídeos construíram o grupo e a empresa, no sentido de empresariamento, e tudo que temos hoje de grupalização e de constituição de empresas ainda vem deles em termos de fundamentos. A nossa é uma tintura, em termos de pessoas, pois a casa é deles e nós só habitamos uma construção que não fomos nós que fizemos.

                            Devemos o indivíduo e a família aos primatas e é olhando para eles que saberemos que tipos de indivíduos e famílias temos (é preciso olhá-los com devoção, tão desprezados que são, principalmente os chimpanzés, com quem partilhamos 99 % de herança genética).

                            Devemos o grupo e a empresa aos hominídeos, aqueles desfavorecidos que viveram com seus cérebros pequenos por dez milhões de anos, mourejando para construir-nos sábios! Temos desprezado os Australopithecus Afarensis, Australopithecus Africanus, Australopithecus Robustus e Australopithecus Boisei e outros, mas na realidade eles são nossos avôs e avós não apenas físicos como intelectuais, pois tudo que somos devemos a eles, inclusive a Casa geral que temos, derivada da Caverna geral que tiveram. Tudo de bom e tudo de ruim que temos em nossa base veio deles. Claro, é fácil reclamar do que é ruim e é mais difícil ter nobreza de agradecer o muito que fizeram com o pouco que tinham disponível fora de si e dentro de si. Quanto tiveram de batalhar a sua guerra de sobrevivência e construir aquela ponte tijolo a tijolo até chegar em nós, 100 mil anos atrás? Aplausos, aplausos, aplausos! Caros amigo-nídeos, saudações.

                            Vitória, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004.

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