A Perversão Unisex
Em algum momento a
idéia (certa) de igualdade produziu a moda (errada) unisex, como se fôssemos
todos de um sexo só. Na realidade quase todos dizem dois, mas o modelo diz
quatro (homens: machos e pseudofêmeas; mulheres: fêmeas e pseudomachos) e até
cinco, o quinto estando oculto. Veja só como, partindo de uma coisa certa
podemos produzir outra muito errada, porque os sexos não são um só nem podem
vestir-se igual. É perversão tentar impingir um único modelo a todos,
devendo-se respeitar as desigualdades, a diversidade. Parece que foram os
hippies que introduziram isso, mas é preciso pesquisar as raízes desse desvio
humano. É necessário cavar as raízes dessa coisa. A idéia de que possamos ser
todos iguais e de que isso financia a igualdade é como a de que os mortos no
cemitério estão em paz – consegue-se um resultado à custa de destruição.
Agora podemos ver
claramente que a igualdade que queremos é a de SERMOS CONSIDERADOS em pé de
igualdade, independente de raça, de idade, de sexo, de condição social, de em
qual mundo moramos, etc. Não podemos todos ter um só tipo de cabelo (produzido
a partir do louro, do ruivo, do preto, do branco), uma espécie só de pele, uma
altura apenas, um só gosto por comida, uma preferência só por sol, um tipo único
de apreço por cinema e assim por diante, o que reduziria a bela diversidade à
unanimidade castradora. Queremos IGUALDADE NA DIVERSIDADE.
Nivelar os sexos a
um só, andrógino é pura burrice, é como ter um partido político apenas, servir
uma só espécie de cerveja, obrigar todos a consumir a mesma marca de vinho e a
comer os mesmos queijos, a freqüentar a mesma igreja, viajar para a mesma
praia, ver o mesmo programa de TV, ler o mesmo colunista de jornal. A que ponto
chegou a ditadura, a título de liberdade-hippie, de impor às mulheres a
obrigação de vestirem-se como homens. Foi uma coisa horrível e as razões dela
deve ser profundamente identificada – não caiamos nós nessa esparrela
novamente, livre-nos Deus.
Vitória, domingo, 22
de fevereiro de 2004.
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