A
Publicação do Museu do Inexistente
Quantas são as coisas inexistentes?
Tantas que você nem sabe.
De fato, nem dá para contar.
O
MERCADO NEGRO DE OBJETOS ARQUEOLÓGICOS
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Tudo isso para contar.
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Boneca cobiçada: só sobrou a cabeça.
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Pagou...
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... levou.
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O
lado oculto do submundo arqueológico
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Em 2003, a alfândega suíça
descobriu um tesouro roubado com 200 peças do antigo Egito, incluindo duas
múmias, no entreposto aduaneiro de Genebra. (Keystone)
Por Michèle Laird,
swissinfo.ch
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Como funciona a arqueologia
por Sarah Dowdey - traduzido por HowStuffWorks
Brasil
Arqueólogos
amadores e ladrões
Por meio da pesquisa e da
interpretação, os arqueólogos transformam restos materiais com significado
desconhecido em itens historicamente importantes. Eles montam panoramas sobre
civilizações perdidas, resolvem mistérios médicos do passado e descobrem como
chegamos ao lugar que hoje ocupamos.
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Desde que o Google Livros e o Projeto
Gutenberg começaram a digitalizar os livros, fazendo essa enxurrada da
produção humana se derramar potencialmente sobre nós como a mais bem-vinda inundação.
AS TECNARTES DO
OCULTO
(tudo isso acabou sendo escaneado em 2D e, com a ajuda dos mais cuidadosos, em
3D, então entregues anonimamente aos museus do existente via Internet ou
Correios)
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SENTIDINTEPRETADOR
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OBJETOS DAS TECNARTES
ANTIGAS
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Visão
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Pintura
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Desenho
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Fotografia
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Dança
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Moda
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Poesia
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Prosa
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Olfato
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Perfumaria
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Audição
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Música
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Discurso
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Paladar
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Comida
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Bebida
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Pasta
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Tempero
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Tato
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Arquiengenharia
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Paisagismo/jardinagem
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Decoração
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Tapeçaria
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Cinema
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Urbanismo
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Esculturação
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Teatro
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Imagine a quantidade de escritos a partir de
5,5 mil anos na Suméria e no Egito, de objetos desde 12 mil anos em Jericó, de
objetos e pedras a partir do aparecimento dos CROM (CRO-magnons) há 80 mil anos
e dos NEMAY (neanderthais de Eva Mitocondrial + Adão Y).
Milhares, milhões.
Se todos fossem escaneados anonimamente a
partir das coleções escondidas, todos esses objetos não apenas mudariam o rumo
das investigações humanas como, principalmente, produziriam um tsunami de novas
emoções investigativas de altíssima velocidade exploratória.
Os donos (que certamente cometeram erro ao
comprar no mercado negro, com isso induzindo a procura destrutiva por gente
despreparada arqueologicamente) estavam livres de punição (já que depois do
erro prestavam serviço), mas mesmo assim ficavam no anonimato. Fotografavam ou
usavam as copiadoras 3D para obter moldes precisos dos objetos. Em alguns
casos, quando os objetos eram grandes demais, os governos garantiram o
anonimato com policiais e até as forças armadas, quando foi o caso.
E assim MILHÕES de objetos começaram a
conversar sobre o passado inexistente da Terra, pois cada ciumento proprietário
só tinha alguns deles, talvez até centenas em algum porão; aqueles poucos,
mesmo maravilhosos, não conversavam com os demais.
E, de repente, a enchente.
Serra, quarta-feira, 21 de novembro de 2012.





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