domingo, 11 de setembro de 2016


Fio de Esperança

 

Morando agora numa ladeira (de rico) ou morro (de pobre) da Praia do Canto, Vitória, passeio antes das 6:00 horas com Silas, o labrador Pink nose que meu filho – do qual sou tutor, como este me disse, não é mais “dono”, até porque não sou, sou cuidador. Lá vamos nós subindo e descendo as calçadas à esquerda e à direita do condomínio, vario para não cansar a vizinhança.

Nesse dia tinha descido à esquerda de quem sai, estava em baixo e subindo já, desciam mais atrás e acima o pai falando despreocupado ao telefone e mais adiante e abaixo a serelepe menininha de uns quatro anos, alegre, vitoriosa, livre, cantando qualquer música, com um cachorrinho pela guia vinha ela correndo junto à parede, no que seria a minha direita.

Havia um ressalto de massa de cimento deixada endurecer, ela nem se preocupou, desceu rápido, mas não muito. Fiquei atento, se ela tropeçasse eu teria de ter tempo de socorrer, estava perto. Que nada! Desceu, saltou por cima e seguiu em frente com enorme tranquilidade e segurança.

Como dizem, Deus protege as crianças. Sendo a humanidade muito nova no cosmos, talvez Deus nos proteja também.

Há um fio de esperança. Se há um fio, pode ser que haja novelo, tecido (trama e urdidura) e fábrica de esperanças.

Quando tudo parece perdido algo invisível nos acode e transporta pelos ares, de modo que não caiamos de nariz.

É no que me agarro para prosseguir.

Vitória, domingo, 11 de setembro de 2016.

GAVA.

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